/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Odebrecht vende usina no Peru para chineses

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

São Paulo, 24 (AE) - A subsidiária do Grupo Odebrecht dedicada a concessões de infraestrutura na América Latina, a Odebrecht Latinvest, anunciou no fim da noite desta quinta-feira, 24, que assinou acordo com um consórcio liderado pela China Three Gorges Corporation (CTG) para a venda da central hidrelétrica de Chaglla, a terceira maior do Peru. O negócio é avaliado em US$ 1,390 bilhão, segundo fontes próximas à transação.

A maior parte do valor obtido com a venda de Chaglla - US$ 1,2 bilhão - será usada pela Odebrecht para quitar dívidas com os bancos que financiaram a construção da hidrelétrica. O restante, cerca de US$ 190 milhões, vai para um fundo criado para ressarcir o governo peruano pelos atos ilícitos praticados pela empresa no país.

As investigações no Peru envolvendo a Odebrecht começaram em novembro de 2016. No início deste ano, a empreiteira firmou um termo de cooperação com o Ministério Público do país, mas a compensação a ser paga pela empresa pelos crimes de corrupção ainda não foi definida. Fontes próximas à companhia estimam que a cifra deve ficar em torno de US$ 100 milhões e que dinheiro depositado no fundo com a venda da Chaglla seja suficiente.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

O consórcio liderado pela CTG para a compra da hidrelétrica peruana é formado pela Hubei Energy, ACE e CNIC. A concessão da hidrelétrica de Chaglla será adquirida pela Huallaga Holding Company Limited, empresa criada pelo consórcio comprador conforme as leis da Região Administrativa Especial de Hong Kong e da República Popular da China.

O acordo precisa ser aprovado pelo Ministério da Justiça no Peru e por entidades na China.

Com o negócio, o grupo Odebrecht chega mais perto de completar seu plano de venda de ativos, anunciado no ano passado. Ao todo a empresa planeja se desfazer de R$ 12 bilhões. Desse total, R$ 5 bilhões já entraram no caixa do grupo, com a venda de negócios como a Odebrecht Ambiental, que passou para as mãos da canadense Brookfield.

Ao se desfazer da Chaglla, restam pouco menos de R$ 3 bilhões para a empresa completar a meta. Entre os ativos que ainda estão no portfólio do grupo para serem vendidos estão participações em minas de diamante e linhas de transmissão em Angola. E o gasoduto Sul Peruano, cujas obras estão paradas e serão relicitadas pelo governo local, resultando em uma indenização bilionária à empresa brasileira.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.