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Economia

Demanda por crédito rural tem aumento de 23,2%

Contratos também aumentaram em número. De acordo com o ministério, as instituições financeiras liberaram 45.228 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento

Redação Folha Vitória
audima
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A demanda por crédito rural entre médios e grandes agricultores chegou a R$ 8,4 milhões no mês passado, o que significa aumento de 23,2% em relação a julho de 2016, informou a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O mês marca o início da safra agrícola 2017/2018.

Segundo o ministério, isso se deve fato de os produtores terem adiado a tomada de crédito nos meses anteriores para o atual ciclo agrícola, na expectativa de redução dos juros. O balanço está no relatório de financiamento referente ao primeiro mês de liberação de recursos da safra 2017/2018, divulgado nesta quarta-feira (9).

Os contratos também aumentaram em número. De acordo com o ministério, as instituições financeiras liberaram 45.228 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento. O número supera as 43.504 operações de julho do ciclo anterior. No total, o governo federal liberou R$ 188,4 bilhões para financiar a produção agrícola de julho deste ano a junho de 2018.

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O maior aumento deu-se na procura por contratações na modalidade investimentos, que incluem aquisição de máquinas e implementos agrícolas. As contratações chegaram a R$ 1,6 bilhão, o que representa crescimento de 26,2%. Já nas operações de custeio e comercialização, o desembolso atingiu R$ 6,8 bilhões, uma alta de 22,5% sobre julho de 2016.

Conforme o relatório, contratações pela Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) atingiram R$ 1,8 bilhão ante R$ 1,3 bilhão em julho do ano passado. Desse valor, R$ 791 milhões foram para operações de custeio, R$ 839 milhões para comercialização e R$ 151 milhões para investimentos.

Segundo a assessora técnica da Comissão de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Fernanda Schwantes, a espera dos produtores para contratar o crédito valeu a pena este ano. Ao contrário dos últimos três anos, em que os juros subiam de uma safra para outra, neste ano, devido à queda da inflação e à redução da taxa básica de juros (Selic), tanto nas linhas para custeio quanto nas principais linhas de investimento, os juros caíram em torno de um ponto percentual.

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“O produtor tradicionalmente se beneficiava dos recursos de pré-custeio, que contratava de março a junho. Neste ano, com a expectativa de redução da taxa de juros, ele decidiu esperar. Por isso julho teve um resultado bastante superior [em valores e em contratações] ao ano passado”, destacou Fernanda.

Além disso, os dados mostram aumento de cerca de 25% nos investimentos. “Nas safras 2014/2015 e 2015/2016, o produtor estava receoso de fazer investimento. Agora houve essa recuperação de 25%. Um otimismo maior que nas duas safras passadas nas quais o investimento caiu bastante em relação a três anos atrás”, enfatizou a assessora técnica da CNA.

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