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Economia

BC: discussões permitiram aperfeiçoamento da MP da leniência

Lido na última sessão da comissão mista do Congresso, o parecer de Lídice será votado na próxima terça-feira, 5

Redação Folha Vitória
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Brasília - O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 31, nota em que ressalta o consenso obtido entre a instituição, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério Público Federal (MPF) a respeito da medida provisória 784, a MP da leniência. De acordo com a instituição, as discussões permitiram o aperfeiçoamento da proposta, já acolhida pela senadora Lídice da Mata (PSB-PE), relatora da MP na comissão mista do Congresso.

Após a publicação da MP, no início de junho, o BC e a CVM iniciaram as discussões com o MPF em várias frentes, "envolvendo a Força Tarefa da Lava Jato, os coordenadores da 2ª (Criminal), da 3ª (Consumidor e Ordem Econômica) e da 5ª (Combate à Corrupção) Câmaras de Coordenação e Revisão, o Grupo de Trabalho 'Leniência e Colaboração Premiada' junto à 5ª Câmara e o Gabinete do Procurador Geral da República", informou a nota.

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"O resultado dessas discussões foi bastante positivo, pois permitiu a elaboração de propostas de aperfeiçoamento do texto original, no sentido de deixar mais claros o âmbito e o escopo do acordo de leniência celebrado pelo BCB e pela CVM, além de expressar em termos mais exatos como se dará a relação das Autarquias com o MPF, especialmente nas hipóteses em que for verificada a existência de indícios de crime", acrescentou o BC.

Na última terça-feira, 29, o texto da MP 784 recebeu parecer favorável de Lídice, que também acolheu uma série de emendas à proposta. Essas emendas, como informou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), estavam em sintonia com as discussões promovidas pelo BC e o MPF, no sentido de aperfeiçoar a proposta.

Na nota desta quinta, o BC informa que a proposta passou a "deixar claro que o escopo do acordo de leniência celebrado pelo BCB e pela CVM está restrito a infrações administrativas". Além disso, ele prevê de forma explícita que "a celebração do acordo de leniência não desobriga o BCB e a CVM de efetuarem, imediatamente, a comunicação de indícios de crime decorrentes dos fatos objeto da leniência administrativa ou do termo de compromisso".

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Outro ponto que se tornou mais claro na proposta, transformada agora em um Projeto de Lei de Conversão, é de que o acordo de leniência e o termo de compromisso serão publicados após a assinatura, "sendo mantido o sigilo da proposta nos dois casos, na esfera do BCB, e no primeiro caso, na esfera da CVM".

O Projeto de Lei de Conversão também prevê, de forma explícita, que "a celebração de acordo de leniência não afeta a órbita de atuação dos órgãos de persecução criminal ou de outros órgãos administrativos e de controle". Além disso, ele indica a possibilidade de "acesso do MPF a informações e a bancos de dados do BCB e da CVM sobre acordos de leniência, regra essa que se aplica igualmente aos termos de compromisso celebrados pelas Autarquias".

Por fim, conforme o BC, será institucionalizado um "fórum permanente de debates entre MPF, BCB e CVM, por meio de termo de cooperação, de forma a garantir as condições para a atuação dos órgãos envolvidos no caso do acordo de leniência".

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Lido na última sessão da comissão mista do Congresso, o parecer de Lídice será votado na próxima terça-feira, 5. Se passar, o Projeto de Lei de Conversão irá para o plenário da Câmara e, depois, para o Senado.

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