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Economia

Atividade econômica no Sudeste sobe 0,4% no trimestre até maio, revela BC

Considerados períodos de 12 meses, o indicador declinou 3,9% em maio, queda mais acentuada do que os -3,2% reportados no trimestre até fevereiro

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O Boletim aponta que os desembolsos do BNDES para a região somaram R$ 10,3 bilhões no semestre Foto: Divulgação
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Curitiba - Curitiba, 05/08/2016 - O Produto Interno Bruto (PIB) da região Sudeste subiu 0,4% no trimestre até maio, ante os três meses finalizados em fevereiro, quando havia recuado 2,0% na mesma base de comparação. A informação é do Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado nesta sexta-feira, 5, em Curitiba. Considerados períodos de 12 meses, o indicador declinou 3,9% em maio, queda mais acentuada do que os -3,2% reportados no trimestre até fevereiro.

Para o BC, a trajetória de retração da atividade no Sudeste apresentou sinais de acomodação, apesar do cenário de distensão do mercado de trabalho, contração da renda e acomodação das operações de crédito.

O Boletim aponta que os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a região somaram R$ 10,3 bilhões no semestre e R$ 46,1 bilhões no período de doze meses encerrado em junho, recuando 33,5% e 42,3%, respectivamente, em relação a iguais períodos em 2015.

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No âmbito fiscal, o superávit primário dos governos dos Estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste totalizou R$ 12,3 bilhões no primeiro trimestre de 2016 (de R$ 12,8 bilhões em igual período de 2015). Os superávits das capitais e dos demais municípios recuaram 49,0% e 37,7%, respectivamente, e o dos Estados aumentou 46,8%. Já o déficit nominal da região somou no primeiro trimestre R$ 7,3 bilhões (de -R$ 1,2 bilhão em igual período de 2015).

A dívida líquida era de R$ 529,3 bilhões em março, um recuo de 9,2% no trimestre, refletindo, fundamentalmente, a renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União.

A produção agrícola da região deverá aumentar no ano, a despeito da adversidade climática nos últimos meses. A safra de grãos do Sudeste está estimada em 19,7 milhões de toneladas em 2016 (10,3% da produção nacional), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção de crescimento anual de 1,9% foi condicionada, em especial, pelos prognósticos de expansão de 25,9% para a produção da soja e de recuo de 10,1% para a de milho.

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"A economia do Sudeste apresentou, nos meses recentes, sinais de reversão da dinâmica de retração registrada nos últimos trimestres. A consolidação dessa perspectiva - favorecida pela elevação, na margem, da produção industrial, em cenário de crescimento das quantidades exportadas e de recuperação dos indicadores de confiança dos agentes econômicos - está condicionada, no entanto, pela evolução dos mercados de crédito e de trabalho, e pelos impactos do processo de ajuste macroeconômico em curso no País", resume o Boletim Regional.

Sul

O PIB da região Sul subiu 1,6% no trimestre até maio, ante os três meses finalizados em fevereiro, quando havia caído 0,5%, conforme o Boletim Regional do Banco Central. Considerados intervalos de doze meses, o indicador contraiu 4,7% em maio, contra recuo de 2,8% em fevereiro e aumento de 0,9% em maio de 2015.

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No âmbito fiscal, o superávit primário dos governos dos Estados, das capitais e dos principais municípios do Sul totalizou R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre do ano, mesmo patamar observado em igual período de 2015. Houve redução de 50,4% no superávit dos governos estaduais e elevações respectivas de 215,2% e 437,5% nos das capitais e dos principais municípios. No resultado nominal, houve déficit de R$ 1,1 bilhão. A dívida líquida totalizou R$ 100,3 bilhões em março, elevando-se 0,1% em relação a dezembro de 2015.

A produção agrícola da região foi afetada por ocorrências climáticas adversas registradas no segundo trimestre do ano. A safra de grãos para 2016 está estimada em 74,2 milhões de toneladas (38,7% da produção nacional), de acordo com o IBGE. A retração anual de 2,2% incorpora projeções de recuos para as colheitas de feijão (17,7%), arroz (9,2%) e milho (9,1%), e de aumentos para as de soja (1,4%) e de trigo (18,9%).

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"Ressalte-se que a continuidade do desempenho favorável do setor externo e da renda da produção agrícola podem constituir vetores de alta para o dinamismo da economia da região", diz o Boletim Regional.

Centro-Oeste

O PIB da região Centro-Oeste caiu 1,2% no trimestre até maio, ante os três meses finalizados em fevereiro, quando havia crescido 0,1%. Considerados intervalos de doze meses, o indicador contraiu 3,2% em maio, contra recuo de 2,7% em fevereiro.

Os desembolsos do BNDES para a região somaram R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre do ano e R$ 10,9 bilhões no período de doze meses encerrado em junho, recuando 35,7% e 37,5%, respectivamente, em relação a iguais intervalos de 2015.

No âmbito fiscal, os governos dos Estados, das capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste registraram superávit primário de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2016, ante R$ 1 bilhão no mesmo período em 2015. O resultado nominal apresentou superávit de R$ 771 milhões. A dívida líquida totalizou R$ 29,6 bilhões, retraindo 6,2% em relação a dezembro de 2015.

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A atividade agrícola do Centro-Oeste repercutiu as adversidades climáticas nos últimos meses, que condicionaram a quebra de safra das culturas de inverno, as quais concentram mais de 70% da produção de milho da região.

O superávit da balança comercial da região totalizou US$ 10,2 bilhões no primeiro semestre do ano, elevando-se 45,7% em relação a igual período de 2015, segundo estatísticas do MDIC. As exportações atingiram US$ 14 bilhões e as importações, US$3,9 bilhões, variando 17,5% e -22,2%, respectivamente.

"As perspectivas de recuo na renda agrícola da região podem representar perda de sustentação importante da atividade econômica, com possíveis efeitos sobre o setor de serviços, em especial transporte e armazenagem, e sobre o comércio. Esse impacto poderá ser mitigado pelos impactos favoráveis do aumento do valor das exportações - refletindo o novo patamar da taxa de câmbio e os preços externos de commodities agrícolas importantes na pauta da região - e da efetiva reversão na trajetória da confiança dos agentes econômicos", diz o Boletim Regional.

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