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Economia

Após recuo, Gleisi diz que apresentará projeto com mudanças em juros de capital

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nesta terça-feira, 18, que vai apresentar ainda esta semana uma proposta que pretende revogar a dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio pagos a titular, sócios ou acionistas da base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica (lucro real). O anúncio de Gleisi ocorreu após ela ter retirado essa mudança do parecer que apresentou esta tarde na comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 675.

Em entrevista logo após a reunião, Gleisi confirmou que houve um pedido do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para que a mudança fosse retirada do texto. Segundo ela, o peemedebista alegou que o Congresso está, no momento, discutindo a proposta de reoneração da folha de pagamento das empresas. Nos bastidores, havia a possibilidade de, se a mudança continuasse, o parecer de Gleisi poderia ser derrubado na comissão mista.

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A senadora do PT afirmou ter informado Eunício que iria apresentar um projeto contemplando a mudança. Ela disse ter solicitado a assessores do Ministério da Fazenda um estudo sobre o tema, mas avisou que, independentemente de o trabalho ficar pronto, proporá mudanças legislativas. A alteração, destacou, tem de ser paulatina, com a modificação completa em até quatro anos.

Para Gleisi, a proposta visaria a corrigir uma distorção do sistema. Ela reconheceu que a eventual alteração não estava "prevista e precificada" pelo mercado, ao contrário, por exemplo, da elevação da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), cerne da MP 675 relatada por ela. Mas disse ter proposto a mudança após a divulgação dos balanços dos bancos do segundo trimestre de 2015, que apontou lucros maiores do que o período imediatamente anterior.

"Numa situação de dificuldade econômica que o País tem, é importante que este setor possa contribuir um pouco mais para o ajuste fiscal", afirmou Gleisi. Ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma, a senadora chegou a sugerir que um caminho para essa discussão seria se o Executivo editasse uma medida provisória. "Acho que seria (o ideal), porque aí ninguém pode alegar que foi surpreendido", avaliou.

CSLL

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Diante das resistências de setores ligados aos bancos em aprovar uma elevação da CSLL, a senadora não quis informar se aceitaria reduzir de 23% para 20% o porcentual pago pelas instituições financeiras, a fim de garantir a viabilização do texto na comissão mista da MP. "É difícil analisar o futuro. Esperemos ele chegar", afirmou.

Após a apresentação do parecer de Gleisi, o presidente da comissão mista da MP, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), atendeu pedido de vista coletiva aos integrantes do colegiado. A comissão deve se reunir novamente na próxima terça-feira, dia 25.

ICMS na distribuição de energia

Em adendo a seu parecer à MP 675, a senadora acolheu uma proposta que permite aos Estados de São Paulo, de Pernambuco e de Goiás concederem isenção de ICMS incidente sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora à unidade consumidora.

A mudança, de acordo com a relatora da MP, havia sido autorizada por meio do convênio ICMS 16, de 22 de abril deste ano. De acordo com o texto do convênio, a alteração aplica-se "somente à compensação de energia elétrica produzida por microgeração e minigeração, conforme definidas na referida resolução" e não exigirá o estorno do crédito fiscal exigido em lei.

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Conforme o convênio, os efeitos para os fatos geradores começam a valer a partir de 1º de setembro deste ano. Essa alteração não constava do parecer apresentado por Gleisi na semana passada, mas foi acrescentado em sua complementação de voto.

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