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Economia

Graça Foster quer ser lembrada na Petrobras pela gestão

Entre seus atos de destaque, ela citou a integração da malha de oleodutos do País, quando ainda era diretora de Gás e Energia, além do leilão da área de Libra, no último ano

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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"Quero ser lembrada na Petrobras pela gestão, pelos procedimentos, pela disciplina de planejar", disse Graça Foto: Agência Brasil

Rio - Após ser incluída no processo que apura as responsabilidades pelos prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e ter enfrentado um pedido de bloqueio de bens, a presidente da Petrobras, Graça Foster, destacou como uma marca de seus dois anos no comando da empresa os ganhos em "planejamento e gestão" da companhia. A executiva também ressaltou a "coerência, a ética e a moralidade" como um dos pontos mais importantes na liderança, ao realizar um balanço de sua trajetória em entrevista para jovens profissionais. Realizado pela Fundação Educar, o evento não foi aberto ao público ou à imprensa.

"Quero ser lembrada na Petrobras pela gestão, pelos procedimentos, pela disciplina de planejar, elaborar, discutir, definir metas, ter disciplinas nos propósitos, rigor na elaboração de pautas, na convivência com a diretoria... O resultado vem disso", afirmou a Graça sobre seu legado na estatal. O tema foi abordado no encerramento de um bate-papo virtual.

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No momento em que as ações da companhia registram fortes altas no mercado financeiro com a ascensão da candidata Marina Silva na corrida eleitoral, as falas simbolizam um balanço dos anos à frente do cargo, que ocupa desde 2012 por indicação da presidente Dilma Rousseff.

Segundo Graça, na sua trajetória profissional, a "coerência é um guia". "Trabalhar dentro dos princípios da ética e da moralidade são elementos fundamentais que a gente percebe dentro de nós de forma mais evidente nos momentos em que você gradativamente vai assumindo poder", afirmou.

"Isso é algo na minha carreira que me acompanha", completou. Para Graça, o poder não está atrelado à presidência de uma grande empresa, mas ao convencimento de pessoas sobre suas ideias. Graça falou sobre sua trajetória profissional na companhia, onde começou como estagiária. Hoje ela é considerada uma das 20 mulheres mais poderosas do mundo.

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"A liderança em qualquer nível tem como alicerce o conhecimento. Não é razoável você imaginar que vai dotar um profissional de poder e ele não ter condição de comunicar-se com aquele grupo que lidera", disse. "Ponto difícil é o conflito entre ser querida e passar por cima de coisas que não estão sendo feitas no prazo ou que poderiam ser melhor feitas. É o conflito entre se deixar levar ou levar", afirmou ao ser questionada sobre as dificuldades na empresa.

Graça também falou que o cargo representa "um grande desafio" por conciliar interesses privados e públicos na sociedade de economia mista. "Interesses que não são divergentes por muito tempo. Existem divergências temporárias. A Petrobras, como empresa, quer empreender, mas muitas vezes existem contrapontos. Para conciliar os interesses do controlador, dos minoritários, dos executivos. Essa administração exige dedicação", avalia.

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Sobre os "fracassos" que passou até chegar à presidência, ela avaliou que as situações agregam aprendizado à carreira. "O importante é não ter medo, é perseverar", contou. "Não ganhei todas e continuo não ganhando todas. O poder da Petrobras é o poder da diretoria do colegiado. A presidente da Petrobras não toma as decisões. A presidente da Petrobras não tem poder absoluto, é uma decisão do colegiado", contou.

Entre seus atos de destaque, ela citou a integração da malha de oleodutos do País, quando ainda era diretora de Gás e Energia, além do leilão da área de Libra, no último ano, o primeiro sob o regime de partilha. "Tenho orgulho muito grande de ter participado e hoje passar no prédio e ver o consórcio funcionando e o primeiro poço de libra sendo perfurado. São coisas que me deixam feliz."

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