“Não podemos pensar pequeno”, afirma novo presidente da Findes

Durante a posse da diretoria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para a gestão 2024-2028, o novo presidente da entidade, Paulo Baraona, afirmou que o momento é de fazer mais, melhor e com menos recursos, melhorando a competitividade.

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“Não somos vilões. Somos o setor com maior capacidade de irradiar riqueza e oportunidades neste país. Somos o setor que mais estimula a tecnologia e a inovação. Quase 70% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento são provenientes da indústria”, destacou Baraona.

A posse da nova diretoria da Findes aconteceu nesta quinta-feira (25), durante almoço no Le Buffet, em Jardim Camburi, em Vitória. O evento reuniu lideranças empresariais, autoridades e imprensa, além do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Para seguir essa trajetória de crescimento, o novo presidente da Findes defendeu o diálogo transparente.

“Às vezes, a crítica vem antes do diálogo. Por isso, fica aqui o meu convite para que a gente deixe de lado as lamentações e a busca por culpados. Não podemos pensar pequeno. Não podemos pensar de forma isolada e inserir todas as partes na construção de soluções e políticas públicas”, resumiu Baraona.

Ele reiterou que essa será uma gestão das pessoas, das lideranças e das instituições que estão comprometidas em fortalecer a indústria capixaba e em garantir desenvolvimento sustentável para as futuras gerações.

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Ele também defendeu o apoio à agenda de reformas e o investimento em mão de obra qualificada, um dos maiores gargalos atualmente vivido pelo setor produtivo, e fomentar a cultura da inovação junto às indústrias ao estimular a automação de tarefas diárias, otimização de processos e melhoria da eficiência operacional.

“O Brasil precisa seguir avançando com a pauta reformista, a exemplo da reforma administrativa, tão fundamental para modernizar e desburocratizar a prestação de serviços à população e contribuir para a produção dos gastos públicos. Vivemos um momento de muitas transformações e isso nos exige também novas formas de gerir e buscar soluções para a nossa indústria”, afirmou Baraona.

O Espírito Santo é o segundo estado mais industrializado do Brasil, representando 38,3% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba. Atualmente, 88% das exportações feitas pela indústria do Estado são realizadas via portos. O setor gera hoje 251,8 mil empregos formais.

Baraona é português, formado em construção civil, em Lisboa/Portugal, é empresário e sócio-fundador da Cinco Estrelas Construtora, que atua no mercado capixaba desde 1986.

Já foi presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon), entre 2016 e 2022. Atualmente é o 1º vice-presidente da Findes. Também atuou na organização e fundação da Câmara Portuguesa de Negócios do Espírito Santo, sendo o seu primeiro presidente.

Como ficou o Conselho de Administração da Findes

Farão parte do Conselho de Administração da Findes nos cargos de: 1º vice-presidente (Eduardo Dalla Mura), vice-presidente administrativo (Wellington Villaschi); vice-presidente financeiro (Eduarda Buaiz); conselheiros vice-presidentes (Lucio Peroba Reis, Luis Cordeiro, Raphael Cassaro, Ricardo Britto e Tales Machado); e conselheiros independentes (Rafael Lucchesi e Sérgio Mileipe).

Além deles, também foram eleitos os membros titulares do Conselho Fiscal da Findes (Djokimar Pereira, Valkinéria Bussular e Zilma Bauer) e os suplentes (Antonio Nicola, Agostinho Miranda Rocha e Neviton Gasparini); os delegados titulares representantes na Confederação Nacional da Indústria (CNI) (Paulo Baraona e Cris Samorini - licenciada) e os suplentes (Léo de Castro e Vladmir Rossi).

Findes completa 66 anos em 29 de julho

A Findes completa 66 anos no dia 29 de julho e hoje conta com 38 sindicatos, sendo que desse total, 33 são filiados e 31 estavam aptos a participar do processo eleitoral.

Ao todo, são mais de 19,2 mil indústrias que juntas empregam aproximadamente 251,8 mil trabalhadores formais.

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Paulo Baraona, que será o 12º presidente da Federação, responderá por seis entidades que compõem a Findes:

- Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes);
- Serviço Social da Indústria (Sesi ES);
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai ES);
- Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES);
- Instituto de Desenvolvimento Educacional Industrial do Espírito Santo (Ideies)/Observatório da Indústria.

Eduarda Buaiz assume vice-presidência financeira

A vice-presidente da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz, tomou posse como vice-presidente financeira da Findes e lembrou o avô, Americo Buaiz, fundador da Federação e primeiro presidente da entidade.

“É um momento de muita emoção, principalmente porque o meu avô foi o fundador da Findes, seu primeiro presidente. Então, a gente está trazendo pela primeira vez uma pessoa da família Buaiz para compor a diretoria. Como vice-presidente financeira, sempre vejo que é um desafio muito grande, mais um desafio. Espero agregar um pouco essa nova gestão”, afirmou Eduarda.

Para ela, o fundamental no futuro trabalho é a transparência:

“É muito importante essa transparência que a Findes sempre teve. A régua ficou mais alta, pois as últimas gestões abordaram muito isso: a transparência e uma gestão profissional. A ideia é a gente dar continuidade”, destacou.

Ministro destaca valor do ES para agenda portuária

De passagem pelo Espírito Santo, o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, destacou durante discurso que o Estado é fundamental no Brasil para a agenda portuária.

Silvio Costa Filho disse que espera receber a nova diretoria da Findes em Brasília, para discutir como potencializar três setores que são fundamentais para a economia do Espírito Santo: granito, café e o setor automotivo.

Após o evento, o ministro foi junto com o governador Renato Casagrande e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, para Aracruz, para participar de uma visita às obras de construção do porto multimodal da Imetame.

“O porto irá operar contêineres, granéis sólidos, granéis líquidos. São investimentos da ordem de R$ 2,6 bilhões, que serão fundamentais para mudar a matriz econômica daquela região”, disse o ministro.