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ARTIGO IBEF

Sincronia entre academia e mercado: como alinhar conhecimento e prática

Muitas vezes, a busca pela inovação é prejudicada pela desconexão entre as expectativas práticas das empresas e a teoria que os novos profissionais trazem consigo

IBEF-ES

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Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Gesiane Silveira Pereira, engenheira, professora doutora titular na UVV, pró-reitora acadêmica e líder do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.

Num mundo em constante evolução, as empresas buscam a inovação como uma vantagem competitiva essencial. 

Ao mesmo tempo, as instituições de ensino desempenham um papel crucial na promoção dessa inovação, seja por meio da geração de conhecimento e transferência de tecnologia, seja na formação de profissionais capazes de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e inovação nas organizações.

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Entretanto, muitas vezes, a busca pela inovação é prejudicada pela desconexão entre as expectativas práticas das empresas e a teoria que os novos profissionais trazem consigo. 

Essas lacunas resultam em críticas severas por parte do mercado de trabalho, levando à subutilização do potencial inovador dos profissionais e das descobertas científicas e tecnológicas das instituições de ensino superior.

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Enquanto as empresas continuarem buscando respostas rápidas no mercado, com contratação apenas de profissionais prontos para atender demandas técnicas específicas, elas continuarão desperdiçando talentos academicamente qualificados e correm o risco de se tornarem obsoletas por falta de inovação. 

A inovação tecnológica não é apenas fruto de boas ideias. Inovar de forma consistente exige compreender os princípios teóricos e científicos por trás das tecnologias emergentes. 

Então, para ser verdadeiramente inovadora, uma empresa deve também investir em profissionais com conhecimentos teórico e científico sólidos, capazes de compreender e desenvolver novas tecnologias, e com habilidade para transformar descobertas teóricas em aplicações práticas.

Neste contexto, Henry Chesbrough, um dos maiores especialistas em inovação aberta, afirma que para que a inovação seja eficaz, é necessário um ambiente onde o conhecimento acadêmico e prático se interligue de forma sinérgica. 

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As empresas que investem na integração de talentos acadêmicos com habilidades analíticas avançadas e uma compreensão sólida dos princípios científicos estão mais bem posicionadas para desenvolver tecnologias disruptivas e manter uma vantagem competitiva sustentável.

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Para desenvolver inovação, é também crucial fomentar e colaboração entre as empresas e as instituições de ensino. 

As universidades não devem ser vistas apenas como instituições de ensino e pesquisa, que contribuem com a formação de profissionais qualificados, mas como parceiras chaves das empresas na criação de novas tecnologias e na geração de vantagens competitivas sustentáveis. 

Chesbrough, enfatiza a importância desta colaboração. Ele argumenta que as empresas podem se beneficiar enormemente ao estabelecer parcerias estratégicas com universidades e centros de pesquisa, aproveitando o conhecimento e a expertise gerados pela comunidade acadêmica. 

Para ilustrar suas ideias, Chesbrough cita vários casos de sucesso como por exemplo a colaboração entre a IBM e diversas universidades, que resultou em avanços significativos na computação quântica. 

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Outra ilustração é a parceria entre a Google e a Stanford University, que foi fundamental para o desenvolvimento de tecnologias que formaram a base do mecanismo de busca da Google. 

Essa sinergia entre empresas e universidades é fundamental para transformar descobertas científicas em inovações.

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As empresas devem procurar promover sinergia entre a formação acadêmica e a atuação prática no ambiente empresarial, pois isso pode estimular avanços significativos e impulsionar a inovação tecnológica no contexto empresarial. 

Ao integrar o conhecimento teórico com a experiência prática, as organizações podem aproveitar ao máximo o potencial inovador de seus colaboradores e reduzir as lacunas entre teoria e aplicação.

*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo 

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