Arte da gestão e liderança em tempos de mudança organizacional
Os líderes devem pensar grande e estabelecer métricas claras e mensuráveis para avaliar o impacto da mudança e fazer ajustes conforme apropriado
*Artigo escrito por Alessandro Coutinho, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão na Universidade Vila Velha (UVV) e líder do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão do IBEF-ES.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02
No cenário empresarial contemporâneo, a capacidade de gerenciar e liderar transformações organizacionais tornou-se uma habilidade crítica para o sucesso das empresas.
No entanto, requer mais do que apenas planos e estratégias bem elaborados, ou seja, exige uma liderança visionária e uma gestão eficaz para inspirar, capacitar e guiar as equipes através da transição.
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De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company, apenas cerca de 30% das iniciativas de mudança organizacional são consideradas totalmente bem-sucedidas.
Isso destaca a importância da liderança e de uma abordagem estruturada para conduzir este processo. Para isto, alguns pontos são fundamentais e podem ser os diferenciais entre o sucesso e o fracasso.
Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que a mudança é inevitável e, muitas vezes, necessária para a adaptação e evolução das organizações em um ambiente em constante evolução.
Seja impulsionada por avanços tecnológicos, pressões competitivas ou demandas do mercado, a capacidade de inovar se tornou uma vantagem essencial.
No entanto, implementar mudanças eficazes vai além de simplesmente implementar novos processos ou tecnologias; requer uma compreensão profunda das pessoas e culturas organizacionais.
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A gestão da mudança envolve a criação de estratégias claras e abordagens metodológicas para implementar e monitorar as mudanças planejadas.
Isso inclui a definição de objetivos claros, a alocação adequada de recursos e a implementação de sistemas de monitoramento para avaliar o progresso e identificar áreas de melhoria.
Por outro lado, a liderança durante períodos de mudança é caracterizada por uma série de soft-skills essenciais, incluindo comunicação clara, empatia, resiliência e capacidade de inspirar confiança.
Os líderes devem ser capazes de articular de forma convincente o futuro desejado da organização, transmitir os benefícios da mudança e mobilizar o apoio e comprometimento das equipes. Isso requer uma comunicação transparente, bem como a disposição de ouvir e responder às preocupações e feedback dos colaboradores.
Além disso, os líderes devem estar preparados para enfrentar e gerenciar a resistência à mudança, que é inevitável em qualquer processo de transformação organizacional.
Isso pode envolver a identificação e abordagem das preocupações dos funcionários, o fornecimento de suporte e recursos adequados e a criação de um ambiente que promova a confiança, colaboração e aprendizado contínuo.
Em última análise, a gestão e a liderança eficazes na condução de mudanças organizacionais são essenciais para o sucesso a longo prazo das empresas.
Segundo Ken Robinson, renomado reformulador educacional britânico, em seu famoso Ted talk, disse:
“O problema não é que miramos muito alto e falhamos. É justamente o contrário: aspiramos muito pouco e por isso somos bem-sucedidos". Robinson quer dizer que, em período de mudança, a cultura empresarial muitas vezes acaba incentivando o famoso “prometer menos para entregar mais”, e desconsidera o pensar grande.
Por fim, é essencial monitorar o progresso da mudança e estar preparado para adaptar a estratégia conforme necessário.
Os líderes devem pensar grande e estabelecer métricas claras e mensuráveis para avaliar o impacto da mudança e fazer ajustes conforme apropriado.
Isso requer uma mentalidade ágil e flexível, capaz de responder rapidamente às mudanças no ambiente externo e interno da organização.
*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santopp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06