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Economia

Cúpula do Brics pedirá apoio a organismos multilaterais

Os países mencionarão sua posição conjunta favorável aos organismos multilaterais, em particular à Organização Mundial do Comércio (OMC), capitaneada pelo brasileiro Roberto Azevedo

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Além das suas ofensivas particulares, a China vai usar sua participação no Brics como uma vitrine pública a seu favor na guerra comercial que trava com os Estados Unidos.

No comunicado final da 10.ª cúpula do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorre a partir desta quarta-feira, 25, em Johannesburgo, os países mencionarão sua posição conjunta favorável aos organismos multilaterais, em particular à Organização Mundial do Comércio (OMC), capitaneada pelo brasileiro Roberto Azevedo.

"Há temas importantes que serão tratados na declaração pelos líderes. Eu destacaria a defesa do multilateralismo, em função do que ocorre hoje no mundo, tensão sobre as organizações multilaterais, em particular sobre a OMC", disse o subsecretário-geral da Ásia e do Pacífico e responsável pelo Brics no Itamaraty, o embaixador Henrique Sardinha Pinto.

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Segundo ele, é uma preocupação do Brasil e dos parceiros do grupo fazer uma manifestação "bastante firme e segura" em defesa dos princípios que norteiam o multilateralismo. E não se tratou de um pedido da China, como confirmou no Brasil, ainda na semana passada, o diretor do Departamento de Mecanismos Inter-regionais, ministro Kenneth Félix da Nóbrega. Ele negou que os chineses tenham apelado aos demais países para abordarem a guerra comercial na declaração de Johannesburgo.

A posição contrária a medidas protecionistas não é nova no Brics nem em outros grupos, como o G-7 e G-20, por exemplo. Este será, no entanto, o primeiro comunicado conjunto após o início da guerra comercial que travam as duas maiores potências do mundo.

Ainda que não haja outro tipo extra de abordagem do assunto, a avaliação entre os membros do grupo é de que o recado de apoio à continuidade de um mercado livre será suficiente para os demais players mundiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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