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Economia

Confiança de serviços sobe 0,8 pontos em julho ante junho, aponta FGV

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,8 ponto na passagem de junho para julho, para 87,5 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 30. O resultado interrompe uma sequência de quatro quedas consecutivas.

"A reação da confiança do setor de serviços em julho não foi suficiente para compensar a perda verificada em junho. Se na leitura das empresas sobre a situação corrente houve uma recuperação, a percepção sobre os próximos meses manteve a trajetória negativa. Assim, o início do segundo semestre mostra que as empresas vislumbram um cenário de recuperação ainda muito tímido, o que deve estar relacionado à frustração com o fraco desempenho corrente e à elevada incerteza associada ao processo eleitoral", avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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Houve melhora em nove das 13 principais atividades pesquisadas. O Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 1,6 ponto, devolvendo a queda de junho, para 86,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) teve ligeira queda de 0,1 ponto, para 88,6 pontos, o patamar mais baixo desde dezembro de 2016.

No ISA-S, a maior contribuição para a alta de julho foi do item que avalia a Situação atual dos negócios, que avançou 2,7 pontos, para 88,1 pontos, recuperando as perdas de maio e junho. No IE-S, o componente que mede a Demanda para os próximos três meses foi o que determinou a queda de julho, ao recuar 2,6 pontos, para 87,9 pontos, o menor nível desde setembro de 2017.

"A estagnação do mercado de trabalho e a maior cautela das famílias e empresas nas suas decisões de consumo e investimentos travam o ritmo da retomada econômica, e são especialmente importantes para o setor de serviços, que depende basicamente da demanda doméstica. No movimento do indicador em julho, predomina uma sinalização de cautela das empresas em relação às expectativas de recuperação do setor de serviços em meio ao atual cenário do País", completou Sales.

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Em julho, houve uma redução na proporção de empresas prevendo aumento da demanda nos próximos três meses, de 33,4% para 32,2%, mas também na parcela das que esperam que a demanda diminua, de 12,3% para 11,5% do total. O resultado amplia a proporção das empresas que percebem uma estabilidade na demanda ainda fraca, observou a FGV.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços aumentou 0,6 ponto porcentual em julho, para 81,7%, após ter atingido o menor nível da série histórica em junho, aos 81,1%. A coleta de dados para a edição de julho da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 2 e 25 do mês.

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