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Economia

Confiança da indústria fica estável em julho, a 100,1 pontos, afirma FGV

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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A confiança da indústria ficou estável em julho, a 100,1 pontos, após ter sofrido queda de 1,0 ponto no mês anterior, aponta o Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta sexta-feira, 27. O patamar é o menor desde janeiro deste ano, quando havia marcado 99,4 pontos. Já na média móvel do trimestre encerrado em julho, foi verificado um recuo de 0,3 ponto, para 100,4 pontos.

A coordenadora da sondagem, Tabi Thuler Santos, explica que a confiança do setor vem oscilando em 2018 "em torno do nível neutro de 100 pontos". "A sondagem de julho adiciona a essa apatia a piora nas expectativas de contratação e o aumento da ociosidade, sinalizando continuidade do quadro de recuperação lenta e gradual da economia brasileira", comenta em nota.

Ainda assim, a dissipação dos efeitos da greve dos caminhoneiros sobre os estoques foi um fator que contribuiu para sustentar o indicador, diz a pesquisadora. "A melhora das avaliações sobre a situação atual decorre principalmente da normalização dos estoques após o acúmulo em virtude da interrupção dos serviços de transporte de carga ao final de maio", complementa.

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De 19 segmentos industriais pesquisados, 11 apresentaram aumento da confiança, enquanto outros oito registraram queda. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 3,9 pontos, para 99,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu iguais 3,9 pontos, para 101,1 pontos.

A maior influência de alta no ISA foi justamente a normalização dos níveis de estoques. A parcela de empresas com estoques além do necessário caiu de 12,8% para 7,6%, próximo ao verificado em maio (7,9%). Ao mesmo tempo, o porcentual de empresas com estoques abaixo do desejado ficou praticamente estável, passando de 4,5% para 4,3%.

Pelo lado das expectativas, a piora foi puxada principalmente pelo componente de contratações. O indicador de evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes caiu expressivos 11,7 pontos, para 95,6 pontos, no menor nível desde janeiro (93,5 pontos). Caiu a parcela de empresas que prevê aumento do quadro de funcionários, de 22,7% para 17,4%, ao mesmo tempo em que aquelas que esperam reduzir o quadro saltou de 12,1% para 15,0%.

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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu pelo segundo mês consecutivo. Foi apurado recuo de 0,5 ponto porcentual, para 75,7%. Este é o menor nível desde fevereiro, relata a FGV.

A edição de julho de 2018 da pesquisa coletou informações de 1.059 empresas entre os dias 2 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 28 de agosto e a prévia será anunciada dia 21 de agosto.

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