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Economia

Giambiagi: desembolso do BNDES continuará afetado por retração de aprovações

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - Ao apresentar o desempenho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro semestre deste ano, o superintendente do Planejamento e Pesquisa do banco, Fabio Giambiagi, destacou que "não há como dissociar o desembolso do banco da trajetória do investimento". Segundo ele, "continuamos a ter indicadores de investimento que deixaram a desejar".

"A dinâmica do desembolso continuará a ser em alguns meses afetada pela retração das aprovações", afirmou Giambiagi. No primeiro semestre, as aprovações caíram 26%, mais do que os desembolsos, que retraíram 17%. "Aprovações baixas no passado continuarão influenciando negativamente desembolsos por um tempo", acrescentou o economista.

Ainda assim, traz o release do banco, no qual foram apresentados os resultados do semestre, que "os indicadores de atividade vêm confirmando a expectativa quanto ao processo de recuperação da economia". De acordo com o comunicado do banco, "há também um conjunto de sinais de curto prazo apontando para uma perspectiva de melhora no nível de atividade econômica no País, a despeito das turbulências recentes".

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O banco informa ainda que espera por uma recuperação gradativa da demanda ao longo do ano. E destaca ainda que o recuo no desembolso não foi uniforme no semestre nas diferentes regiões do País. No Centro-Oeste, houve expansão de 8% nas liberações, enquanto no Nordestea alta atingiu 9%. Já no Sudeste caiu 28%, no Sul, 20% e no Norte, 16%.

Giambiagi afirmou que os resultado dos desembolsos do banco no acumulado dos últimos 12 meses deve voltar a crescer entre o final deste ano e o começo do ano que vem. No acumulado até junho deste ano, houve queda de 24%, com um total de R$ 81,614 bilhões.

"Não se espera reversão imediata do desembolso, que está em queda", afirmou Giambiagi em entrevista coletiva sobre os resultados do primeiro semestre.

Neste ano, o banco de fomento estima que os desembolsos cheguem a R$ 78 bilhões, abaixo dos R$ 88 bilhões do ano passado. Segundo o superintendente, a boa notícia destes últimos meses é que as aprovações subiram um pouco.

Selic

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Giambiagi estimou que a taxa Selic deve encerrar o ano entre 8% e 8,5%. Para 2018, a previsão é de que a taxa pode ficar abaixo de 8%.

"Não descartando ter a Selic ligeiramente inferior a 8% no ano que vem, se a dinâmica inflacionária continuar extremamente benigna", afirmou.

Questionado sobre indicativos de uma retomada da economia, afirmou que houve uma reversão "muito recente" das consultas e dos enquadramentos, quando se verifica os dados dos últimos 12 meses encerrados em junho. "Mas é preciso esperar se essa tendência se confirma", afirmou.

Cartão BNDES

O desembolso de operações automáticas do BNDES por meio do Cartão BNDES somou R$ 1,39 bilhão no primeiro semestre deste ano, queda de 58% em relação a igual período do ano passado. De janeiro a junho o número de operações chegou a 103,87 bilhões, 57% menos do que nos primeiros seis de 2016.

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Marcelo Porteiro, superintendente de Operações Indiretas do banco, argumentou que houve uma resistência dos bancos repassadores diante da crise financeira, que contribuiu para ampliar a inadimplência no grupo de micro, pequenas e médias empresas, alvo do Cartão BNDES. Como solução, o banco estuda reajustar o spread do cartão para adequá-lo ao risco. Como consequência, os juros do cartão irão subir "marginalmente", disse.

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