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Economia

Com ações anunciadas, é possível cumprir meta até o fim do ano, afirma Dyogo

A declaração do ministro foi feita antes da divulgação da decisão judicial

Redação Folha Vitória
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Brasília - Em meio a questionamentos sobre a capacidade da área econômica de entregar a meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 139 bilhões, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse ao Broadcast que a avaliação é de que é possível cumprir o objetivo de resultado primário para 2017. "Com essas ações que anunciamos, a gente avalia que é possível cumprir a meta até o fim do ano", afirmou o ministro logo após reunião com o Vital do Rêgo, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Na semana passada, o governo do presidente Michel Temer anunciou a elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis com a expectativa de arrecadar R$ 10,4 bilhões adicionais para fechar as contas. Nesta terça-feira, 25, porém, o juiz federal substituto da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, Renato Borelli, concedeu liminar que suspende os efeitos do decreto. A declaração do ministro foi feita antes da divulgação da decisão judicial.

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O ministro Vital do Rêgo foi quem emitiu alerta à área econômica do governo sobre a possibilidade de o governo não atingir a meta fiscal deste ano. O TCU apontou uma série de receitas incertas, como aquelas previstas com concessões e permissões, cujos leilões estão concentrados no último trimestre deste ano. O risco concreto de frustração, de acordo com a corte de contas, é de R$ 19,3 bilhões.

Apesar do alerta, o governo manteve a previsão de arrecadar R$ 25,7 bilhões com concessões e permissões neste ano. "Foram mantidas no relatório e nós explicamos que foi feita uma avaliação criteriosa e cuidadosa. No caso das hidrelétricas, o direito da União é líquido e certo, a concessão venceu, (o ativo) volta para União. O leilão vai ser em setembro. Se houver qualquer mudança de avaliação, nós poderemos fazer no próximo relatório", disse Dyogo Oliveira.

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"No caso do leilão de petróleo, também mantivemos projeção porque os cronogramas estão transcorrendo conforme previsto, não há nenhum atraso ou problema jurídico levantado", acrescentou o ministro. O governo vê "apetite bem forte" dos investidores, segundo Dyogo, o que diminuiria o risco de o leilão ser declarado "deserto" pela falta de interessados.

"Com isso, pudemos manter as receitas, e com essas ações que anunciamos a gente avalia que é possível cumprir a meta até o fim do ano. Vamos avaliando a cada bimestre, como tem que ser o procedimento", ressaltou o ministro do Planejamento.

O governo também tem atuado em outras frentes para tentar enxugar os gastos da máquina pública diante das dificuldades e anunciou nesta segunda-feira uma série de incentivos para servidores públicos, entre eles um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que poderia trazer economia de R$ 1 bilhão ao ano a partir da adesão de 5 mil funcionários públicos (cerca de 1% do quadro total de servidores federais).

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Outros incentivos são a licença sem remuneração por três anos e a redução da jornada de trabalho. Os efeitos, no entanto, só devem ser percebidos a partir de 2018.

No caso da redução da jornada, a avaliação de técnicos do governo é de que o potencial de economia é até maior do que com o PDV, uma vez que o interesse entre os servidores deve ser maior. Por essa medida, o funcionário público deixa de trabalhar oito horas diárias para atuar por seis ou quatro horas a cada dia, com redução proporcional de salário. Como incentivo, receberá meia hora extra por dia.

Na reunião com o TCU, Oliveira também conversou sobre a auditoria que está sob a relatoria de Vital do Rêgo para verificar o funcionamento do teto de gastos. Como mostrou o Broadcast, a área técnica da corte de contas está exigindo dos órgãos medidas para que todos se enquadrem à regra que limita as despesas. Em outra frente, o TCU está decidindo como será feita a verificação de cumprimento dos limites, e uma metodologia já foi apresentada pela área econômica.

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