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Economia

Tarullo, do Fed, quer mais sinais de inflação antes de elevar juros

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Washington - O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) Daniel Tarullo disse hoje que é melhor o Fed aguardar evidências mais claras de que a inflação está em alta antes de considerar o momento de voltar a elevar os juros de curto prazo.

Tarullo, que falou durante evento do The Wall Street Journal em Washington, declarou que espera se convencer de que a inflação subjacente está próxima da meta de 2% do Fed e ressaltou que o recente avanço nos preços parece ter ocorrido por causa do menor impacto dos baixos preços de energia. Ele também destacou que o duplo mandato do Fed exige que o BC norte-americano busque "o máximo de emprego, consistente com a estabilidade dos preços".

Segundo Tarullo, o nível adequado das taxas de juros depende de uma ampla série de fatores que afetam a economia e ele não apoia a avaliação de que o Fed deve "normalizar" os juros. "Não estamos numa economia aquecida", comentou.

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Tarullo argumentou que se a economia se recuperar rapidamente, o Fed terá os instrumentos para reagir apropriadamente, mas se houver deterioração, a capacidade de resposta do BC dos EUA ficará limitada. Isso significa que o Fed precisa abordar a questão da elevação dos juros de forma cautelosa, disse ele.

Tarullo também avaliou que o sistema financeiro global está "razoavelmente bem preparado" para o choque da recente decisão do Reino Unido de votar por sua saída da União Europeia e disse que as autoridades do Fed ainda aguardam para ver os efeitos macroeconômicos do chamado "Brexit" nos EUA. Por enquanto, diz ele, os EUA reagiram como esperado.

Tarullo comentou ainda que o Fed provavelmente não está oferecendo tanta acomodação monetária quanto se esperava. Por outro lado, ele notou que juros baixos podem criar instabilidade financeira, mas que isso pode não justificar novas elevações nas taxas.

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No curto prazo, porém, Tarullo disse que não há preocupações sobre a instabilidade financeira ou formação de bolhas de ativos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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