Toyota abre até 500 vagas para as fábricas de Porto Feliz e Sorocaba
De janeiro a junho, a indústria automobilística brasileira eliminou 7,6 mil vagas, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
São Paulo - No momento em que a maioria das montadoras adota medidas para ajustar o excesso de mão de obra, a Toyota anunciou o processo de contratação de até 500 trabalhadores para as fábricas de Porto Feliz e Sorocaba, ambas no interior paulista. A maioria das vagas será destinada à planta de Sorocaba, para onde devem ser contratados até 320 novos funcionários. O restante irá para a fábrica de motores de Porto Feliz, cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2016. As áreas de atuação das vagas não foram especificadas.
A montadora explicou que o aumento do efetivo em Sorocaba foi motivado pelo incremento de 50% da capacidade produtiva da planta, que passará das atuais 74 mil para 108 mil unidades por ano a partir de 2016 - produção extra que deverá ser destinada, em sua maior parte, para o mercado interno. O aumento foi anunciado em janeiro deste ano pela empresa e vai envolver investimentos de cerca de R$ 100 milhões para ampliação das instalações da fábrica. Na unidade, a Toyota produz o Etios nas versões hatch e sedã.
"É com muito orgulho que a Toyota, respaldada pela sua visão de negócios com foco na sustentabilidade das operações, demonstra o compromisso com o Brasil, ao criar novas oportunidades de trabalho. Compromisso este que é complementado pelos recentes investimentos já realizados para desenvolvimento da produção local e aprimoramento da qualidade dos veículos da marca", afirmou em nota o CEO para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil, Steve St. Angelo.
Cortes
De janeiro a junho, a indústria automobilística brasileira eliminou 7,6 mil vagas, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O setor encerrou junho com 136.929 empregados. De acordo com dados mais recentes da entidade, há 10 dias, havia 18 mil metalúrgicos afastados, por meio de medidas de ajuste da produção como lay-off (suspensão temporária dos contratos), férias coletivas e licenças remuneradas.