/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Citi reduz em 6,2% crédito no Brasil diante do aumento de calotes

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Nova York e São Paulo - O Citibank reduziu as operações de crédito no Brasil no segundo trimestre, em meio a um aumento da inadimplência. A carteira de crédito ao consumo do banco fechou junho em US$ 3,4 bilhões, queda de 6,2% na comparação com o mesmo período de 2014. Ao mesmo tempo, os calotes, considerando os atrasos acima de 90 dias, subiram de 1,9% para 2,4%. O Citi, terceiro maior banco dos Estados Unidos, divulgou nesta quinta-feira, 16, seus resultados trimestrais. A instituição não informa outros números do Brasil, onde reestruturou sua operação de varejo recentemente.

Levando em conta as operações globais, o lucro líquido do Citi teve forte alta, saltando de U$ 181 milhões no segundo trimestre de 2014 para US$ 4,85 bilhões este ano, por conta da redução de gastos com litígios judiciais. No ano passado, o Citi fechou um acordo com a Justiça dos EUA para pagar US$ 7 bilhões por conta das hipotecas de alto risco da crise de 2008.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Na América Latina, considerando o conceito de ganhos com operações continuadas, o lucro do Citi ficou em US$ 225 milhões ao final de junho com operações que incluem varejo e cartões, sem considerar investidores institucionais. O resultado representa uma queda de 18% na comparação com o segundo trimestre de 2014.

A carteira de crédito do Citi no México, de US$ 27 bilhões, é bem maior do que a do Brasil, de US$ 3,4 bilhões. Ao contrário das operações brasileiras, o crédito naquele país cresceu 3,6% no segundo trimestre ante igual período de 2014. O México representa 9,5% da carteira mundial do segmento e o Brasil, 1,2%.

Apesar da retração no Brasil, no mês passado, o presidente do Citi no País, Hélio Magalhães, reafirmou que o mercado brasileiro é prioridade para o banco. Disse ainda que o grupo não considera deixar o País, seguindo os passos do inglês HSBC, que negocia a venda da sua plataforma local, mas que os momentos serão difíceis em termos de inadimplência, seja pela recessão da economia ou pelo aumento do desemprego.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

"Os Estados Unidos hoje estão em fase de recuperação, mas, quando tiveram problemas, o lado internacional compensou. Hoje, a América Latina pode estar passando por algumas dificuldades, eventualmente o Brasil no curto prazo, mas a riqueza dessa franquia é um diferencial estratégico até para proteger o nosso negócio", explicou Magalhães, a jornalistas, na ocasião.

De acordo com ele, mesmo com o aumento da concentração bancária no Brasil, caso um grande banco local adquira o HSBC no País, há espaço para a estratégia do Citi, que prioriza a alta renda e o segmento corporativo no País. Magalhães afirmou ainda que uma maior concentração fortalece os diferenciais do Citi de ser um banco global e com soluções internacionais.

O presidente da instituição lembrou ainda que desde 2012 o banco começou a se reposicionar no Brasil dentro da sua estratégia global e fez desinvestimentos significativos, como, por exemplo, a venda da Credicard ao Itaú Unibanco. Apesar de rumores de novos movimentos, como a venda de sua participação na credenciadora Elavon, Magalhães garantiu que o banco não está reduzindo tamanho, pessoas ou agências, que estão sendo reformuladas no Brasil.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Procurado, o Citi informou, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, que não iria comentar os resultados divulgados hoje.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.