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Economia

Indústria e serviços impulsionam crescimento da economia do ES no primeiro trimestre

PIB capixaba registrou aumento de 1,1% segundo relatório de observação da economia apresentado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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A economia capixaba cresceu 1,1% na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e o quarto trimestre de 2020. O resultado, contido no relatório do Indicador de Atividade Econômica (IAE) do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial (Ideies), foi divulgado na tarde desta segunda-feira (14) em entrevista coletiva pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). 

A performance foi puxada pelos setores de serviços (+2,5%) e de indústria (+0,2%). Entre as modalidades de indústria, o destaque ficou com a indústria da transformação, que teve um aumento maior que o da média nacional. Ela cresceu 3% no primeiro trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior. Na mesma base de comparação, mas a nível nacional, esse segmento industrial teve retração de 0,5%.

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Se comparado o mesmo período com o primeiro trimestre de 2020, ainda sem a influência plena das restrições sanitárias devido à pandemia, o crescimento capixaba da indústria de transformação fica mais evidente: ela marca 15,7%, enquanto a nacional cresceu 5,6%. 

O setor foi impulsionado pela fabricação de papel e de celulose, com aumento de 61,6% seguido pelo de minerais não metálicos (+26,6%). 

“Esse indicador é muito importante porque a indústria de transformação é chamada de 'a indústria das indústrias'. Ela é que puxa os investimentos em inovação. A Findes tem feito um esforço para impulsionar a inovação e a diversificação da economia estadual. Estamos preparando o Espírito Santo para a inovação e a tecnologia, para superarmos a dependência histórica de commodities”, explicou a presidente da entidade, Cris Samorini. 

Expectativas

O relatório do IAE foi analisado na coletiva pelo economista-chefe da Findes e diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive, e pela economista e gerente do Observatório da Indústria/Ideies, Marília Silva. Na análise do economista, as expectativas para os próximos meses do PIB capixaba seguem em paralelo com as do PIB do Brasil. 

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"A expectativa coletada pelo boletim Focus nesta segunda-feira para o PIB do país deste ano já chega a 4,85%. Há quatro semanas, as expectativas do mercado eram de 3,45%. O mercado está vendo com otimismo a retomada da economia brasileira", apontou, enfatizando que a mesma tendência é sentida no Espírito Santo. "Estamos otimistas mas cautelosos em relação à pandemia. Numa retomada de crescimento econômico, o Espírito Santo sairá melhor que outros Estados", destacou. 

A presidente da Findes acrescentou que alguns fatores como o ritmo acelerado da vacinação contra a covid-19 no Espírito Santo, as reformas econômicas voltando para a pauta do Congresso Nacional e anúncios do governo estadual, como o do Fundo Soberano (com promessa de investimentos de R$ 250 milhões em novos empreendimentos ou empresas já existentes), podem contribuir para que resultados positivos sejam frequentes ao longo do ano. 

Comércio e serviços

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No comparativo entre os setores, o de serviços em geral chama a atenção por ter avançado 2,5% nesses três primeiros meses de 2021. Apesar da pandemia, o setor cresceu com alta expressiva do comércio, com variação de 8,1%. Mesmo num cenário de alta no índice de desemprego, com consequente queda do poder aquisitivo de parte da população, a performance foi positiva.

A gerente do Observatório da Indústria/Ideies, Marília Silva analisa que isso pode ser explicado pela capacidade de reinvenção das empresas, obrigadas a transformar seus métodos de atendimento e de produção frente às restrições do coronavírus.  

"A economia vai aprendendo a lidar com novos cenários, adotando plataformas maiores como a do comércio eletrônico. O desemprego continua alto e, quando analisamos a taxa de desocupação, percebemos que grande parte do impacto dessa taxa está no setor informal que acaba não conseguindo usufruir dessa curva de aprendizado que a economia formal conseguiu", apontou.

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Os técnicos, porém, enfatizaram que o mercado de trabalho será o último a sentir a gradual retomada econômica, que é esperada para o final do ano.








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