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Economia

'Governo deve evitar medidas populistas', diz presidente do conselho da Cosan

Ele acredita que pequenos ajustes devem ser feitos na Petrobras, mas sem afetar diretamente a gestão

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O empresário Rubens Ometto Silveira Mello, fundador e presidente do conselho de administração do grupo Cosan (sócio da Raízen, Comgás e ALL), vê com preocupação a possibilidade de o governo passar a adotar medidas intervencionistas na economia e também na gestão da Petrobras. O executivo Pedro Parente renunciou, na manhã de sexta-feira, ao cargo na estatal - Ivan Monteiro, diretor financeiro da petroleira, assumiu o posto.

Ometto acredita que pequenos ajustes devem ser feitos na Petrobras, mas sem afetar diretamente a gestão. "Sou a favor da economia de mercado. Decisões populistas podem agradar no curto prazo, mas não são eficientes."

A seguir, os principais trechos da entrevista.

A saída de Pedro Parente preocupa?

Pedro Parente foi muito importante para a Petrobras. Acredito que o Pedro quis deixar o governo à vontade para fazer o que tinha de fazer. Não sei se ele concordaria com mais intervenção política. Acho que algumas pequenas adaptações precisam ser feitas, mas sem prejudicar a Petrobras. Se vier uma política de intervenção na Petrobras ou mesmo na economia, será um desastre. Espero que (o governo) não esteja nesta direção.

Que pequenas adaptações têm de ser feitas?

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Esses ajustes talvez passem por reajustes (de preços dos combustíveis) mensais para dar mais previsibilidade, como é feito no gás, por exemplo. Mas tudo isso sem prejudicar a Petrobrás.

O nome de Ivan Monteiro agrada ao mercado?

Acho muito bom.

O governo não soube conduzir a crise na greve dos caminhoneiros?

Ninguém estava preparado. Essas coisas acontecem e fazem parte da vida democrática. Poderiam ter tomado medidas antes... Mas em uma semana o governo resolveu. Talvez tenham alguns erros de discursos porque não conhecem necessariamente a tecnicidade do setor energético no Brasil. Acho errado o movimento de aproveitadores que usam o momento de forma oportunística.

Qual a lição que fica desta crise?

Acredito em economia de mercado. Sou contra o populismo. Minha preocupação é de não ir na onda oportunística. O que o governo anterior estava fazendo com a Petrobras e empresas públicas era um absurdo. É fácil ser populista. A curto prazo, as medidas parecem boas, mas engana todo mundo.

A atual crise muda a corrida eleitoral em outubro?

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Este episódio vai ser bom para saber o que cada um (dos pré-candidatos) pensa. Agora, cada um deles vai ter de mostrar a cara. Todo mundo é contra a reforma da Previdência. Mas como é que faz? Se forem parar para pensar, as reformas têm de ser feitas para reduzir as despesas e, depois, os impostos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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