/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Em 2 anos, Parente 'ganhou' mercado financeiro com medidas para sanear Petrobras

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Nos dois anos em que esteve à frente da Petrobras, Pedro Parente bancou medidas impopulares para sanear as contas da petroleira. Além de implementar uma nova fórmula para reajuste dinâmico dos preços dos combustíveis, posicionou-se contra a política de conteúdo local, desagradando a indústria nacional, e levou adiante um ambicioso plano de desinvestimentos, que resultou em inúmeras disputas judiciais e precisou ser revisado por determinação do Tribunal de Contas da União.

Parente teve o nome aprovado pelo Conselho de Administração da petroleira em 30 de maio de 2016, assumindo o cargo de presidente da companhia em seguida, em substituição a Aldemir Bendine. Na época, um dos maiores temores do mercado era a forte concentração de vencimentos da dívida da companhia em um prazo de três anos, em um momento em que o caixa estava fragilizado pela política de controle de preços adotada no governo Dilma Rousseff e sofria com a queda do preço do petróleo.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Sob sua gestão, a Petrobras enxugou em mais de 15 mil pessoas o corpo de funcionários, por meio de duas rodadas do Plano de Demissão Voluntária (PDV). A companhia arrecadou mais de US$ 17 bilhões com a venda de ativos, com destaque para as fatias do Campo de Roncador e Carcará e de uma parcela da BR Distribuidora.

O executivo ainda costurou um acordo de US$ 2,95 bilhões para encerrar a ação coletiva movida por investidores nos Estados Unidos. A proposta figurou entre as dez maiores já fechadas pela Justiça norte-americana em ações semelhantes nas últimas décadas, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, à época.

Elogiada por especialistas e economistas, a repercussão positiva da administração de Parente no mercado financeiro fez o executivo ter seu nome cogitado para a liderança do Ministério da Fazenda, no lugar de Henrique Meirelles.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Convidado a assumir a presidência do conselho de administração do conglomerado alimentício BRF, Parente disse que não via conflito ético, mas ainda refletia sobre o convite. Em meio ao caos provocado pela crise de caminhoneiros, que derrubou as ações da Petrobras, as especulações sobre uma eventual saída de Parente rumo à presidência da BRF fizeram as ações do grupo alimentício registrar forte alta. A BRF é uma das maiores companhias de alimentos do mundo, dona das marcas Sadia e Perdigão.

Caminhoneiros e petroleiros exigiam, entre outras reivindicações, a demissão de Parente da Petrobras. O executivo esteve por diversas vezes em Brasília nas últimas semanas, reunido com integrantes do governo e o presidente Michel Temer.

O descontentamento de funcionários da estatal com a gestão de Parente não é recente. Há cerca de um ano, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa parte dos empregados da estatal, entrou com representação na Procuradoria da República no Rio de Janeiro (PRRJ) pedindo seu afastamento.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Entre os argumentos dos sindicalistas, o de que a Petrobras teria abandonado o papel de indutora de desenvolvimento nacional e agiria contra os interesses nacionais em nome da redução do endividamento.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.