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Economia

Edital de privatização de distribuidoras indica que pode haver adiamento parcial

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O edital de privatização das distribuidoras do grupo Eletrobras, publicado nesta sexta-feira, 15, indica a possibilidade de adiamento ou prorrogação do leilão de uma ou mais empresas, e apresente condicionante à efetiva realização da disputa, em particular da Amazonas Distribuidora de Energia, considerada a empresa mais complicada de atrair interessados atualmente. "Em caso de eventual suspensão de um ou mais leilões, os demais poderão ocorrer na ordem prevista neste edital", diz o texto.

No caso da Amazonas, o edital destaca que o leilão desta distribuidora está condicionado a despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que aprove o cumprimento do processo de desverticalização das atividades de geração e transmissão das atividades de distribuição. "Em não sobrevindo o ato mencionado até o dia imediatamente anterior à data limite para a entrega dos documentos (...), a Comissão de Licitação emitirá Comunicado Relevante sobre o andamento do Leilão em relação à distribuidora", afirma o edital.

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Conforme o cronograma do edital, os proponentes deverão entregar declarações, documentos de representação e garantia de proposta; proposta econômica e documentos de habilitação no dia 19 de julho. Portanto, a Aneel teria até o dia 18 para publicar um despacho confirmando a aprovação da desverticalização.

Esse processo dependia do fechamento de um acordo sobre dívidas relacionadas ao fornecimento de combustíveis da distribuidora junto a Petrobras. Um acordo entre as empresas foi acertado no fim de abril, mas resta obter a aprovação da Cigás, estatal amazonense que faz a intermediação do fornecimento de gás. Em maio, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, comentou que as discussões com a empresa estavam em andamento e iniciaram depois da Petrobras.

Projeto de lei

Além da desverticalização, a viabilidade de venda da Amazonas Energia também depende da aprovação de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. Na quinta-feira, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, chegou a dizer que a definição sobre esse projeto era o "elemento principal" para a realização do leilão. "Se tiver, melhora muita a condição e o valor das empresas. Não tendo o projeto de lei, a gente teme que, principalmente a Amazonas, talvez não tenha tanto valor. Mas independentemente disso, as outras distribuidoras poderiam ir a leilão", disse.

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O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse na quinta que o projeto de lei seria votado na Câmara dos Deputados na próxima semana. A ideia é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, coloque em votação o requerimento de urgência, desobrigando o tema de passar pelas comissões, e na sequência já inclua o projeto na pauta. Mas analistas políticos questionam se haveria condições de o Senado também apreciar o projeto antes do recesso parlamentar, e consequentemente antes do leilão.

Embora o edital não cite diretamente o projeto de lei, o texto também diz que é prerrogativa da Comissão de Licitação "prorrogar os prazos de que trata o Edital em caso de interesse público, caso fortuito ou força maior, sem que caiba direito de indenização ou reembolso de custos e despesas a qualquer título e seja a que tempo for".

Postergação

Pelas regras apresentadas, caso um leilão seja adiado ou prorrogado, a proposta econômica correspondente à empresa em questão deverá ser renovada por igual período, até o quinto dia útil anterior ao seu vencimento, sob pena de desclassificação.

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Já para os leilões que forem mantidos na data prevista, com sessão pública de abertura dos envelopes marcada para 26 de julho, há uma sequência já determinada: Eletroacre, Boa Vista, Ceron, Ceal, Cepisa e Amazonas Energia.

Os envelopes referentes a cada empresa só serão abertos após a conclusão da abertura das propostas econômicas e disputa viva-voz da distribuidora anterior dessa lista. Serão consideradas vencedoras as ofertas finais que apresentarem o maior Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga.

Os vencedores dos leilões de Eletroacre e Boa Vista terão direito de participação adicional em um dos demais leilões (Ceron, Ceal, Cepisa e Amazonas Energia), podendo participar da etapa de lances viva-voz mesmo que a proposta econômica apresentada não esteja dentro do intervalo de classificação. Caso o mesmo grupo vença as duas primeiras disputas, ganhará o direito assegurado de participação em outros dois leilões, desde que o proponente tenha apresentado oferta pelas demais distribuidoras.

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O edital também esclarece que esse direito de participação pode ser utilizado mesmo em leilões que sejam realizados "em dias diferentes ao que deu origem a tal direito".

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