RIQUEZAS DE NORTE A SUL

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Economia

Hospedagem sensorial e cultivo de truta movimentam a economia do Caparaó capixaba

Além de cachoeiras e café de qualidade, o Caparaó oferece outras atrações e comodidades para quem visita a região

Redação Folha Vitória
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Foto: Adriana Berlinck
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Estar imerso em meio à natureza e beber um bom café. É o que muitos buscam quando vão até à região do Caparaó. O Parque Nacional é um dos destinos mais procurados por montanhistas, já que abriga o terceiro ponto mais alto do Brasil: o Pico da Bandeira, com 2.982 metros de altitude. E é exatamente a altitude que favorece a cafeicultura local. O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café no Brasil, e 53% do tipo Arábica é produzido na região do Caparaó.

A parte capixaba do Caparaó é constituída por 11 municípios: Divino São Lourenço, Alegre, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Jerônimo Monteiro, Muniz Freire, São José do Calçado e Dores do Rio Preto, onde está um dos melhores cafés do Brasil. O Sítio Forquilhas do Rio, que fica no bairro Pedra Menina, em Dores, produz o Café Onofre.

O foco é o tipo especial, que é uma definição para grãos de alta qualidade. Por ano, produzem cerca de 800 sacas. O Café Onofre já foi cinco vezes campeão nacional. Além de ser vendido no Brasil, é comercializado em Portugal, Espanha, Japão e Austrália. Um negócio que ultrapassa gerações.

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João Vithor Lacerda, de 18 anos, diferente de muitos meninos da sua idade, não quer ir para a cidade grande, mas continuar trabalhando como produtor rural na lavoura da família. Ele estuda para melhorar ainda mais a qualidade do café e já ficou em segundo lugar no estado em sustentabilidade. A pequena Ana Paula Lacerda, de 11 anos, quer seguir os passos dos pais, trabalhadores da lavoura de café: “Eu quero fazer administração e ter uma cafeteria”.

Marcius Cardoso fez um caminho diferente da família Lacerda. A terra que comprou em Patrimônio da Penha, que fica em Divino São Lourenço, era um cafezal. Formado em comunicação social e atuante na área na Grande Vitória, decidiu retirar os pés de café e deixar a natureza agir livremente. A Mata Atlântica foi retomando seu espaço e foi aí que ele começou a construir uma hospedagem sensorial, a Aldeia Alegria.

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Com base na bioconstrução, ele e sua equipe construíram bangalôs feitos de bambu, barro, vidro reaproveitável e madeira. Para ter o menor impacto possível no meio ambiente, tudo é pensado ecologicamente, desde a estrutura até o escoamento de água. “A Aldeia Alegria é um projeto de conservação e recuperação de Mata Atlântica iniciado há 25 anos que está sempre em expansão”, conta Marcius.

Fotos: Adriana Berlinck
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E ao se hospedar no Caparaó Capixaba, o turista pode visitar várias cachoeiras. Existem diferentes rotas na região. Uma delas é o Roteiro da Esmeralda, em Pedra Roxa, Ibitirama. Fica dentro de uma propriedade particular. O dono cobra 10 reais por pessoa. É proibido fazer churrasco, levar caixa de som e bebida alcoólica.

Uma opção de almoço diferenciada é na Toca da Truta, em Ibitirama. Os pratos oferecidos no restaurante são elaborados com trutas cultivadas no próprio local. Natural da região, Francisco Faleiro percebeu o potencial para cultivo dessa espécie de peixe nos anos 1990. Ele chegou a ser responsável por um terço da produção de truta do Brasil. Mas, com a nova demarcação do Parque Nacional do Caparaó em 1997, precisou parar, já que parte de suas terras passaram a fazer parte da área preservada pela União.

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Hoje, com uma produção reduzida a 10 toneladas por ano, apenas para atender o próprio restaurante, a Toca da Truta investe na gastronomia e no turismo. Pratos bem elaborados e o visual, com piscina natural e cachoeira, atraem cerca de 500 visitantes por mês. "Nós começamos a ter visitações, curiosos, para conhecerem a criação de truta e aí construímos o restaurante. Hoje já procuram hospedagem e estamos buscando mudar a atividade para a área turística", explicou Faleiro.

Serviços

Aldeia Alegria

Endereço: Patrimônio da Penha, Divino São Lourenço
Contato: (28) 99927-1973

Roteiro da Esmeralda

Endereço: Pedra Roxa, Ibitirama
Propriedade privada de Fábio Vellozo
Valor para fazer a rota: R$ 10 por pessoa
Proibido: Bebida alcóolica, caixa de som e churrasco.

Ecotrillhas

Guia turístico na região do Caparaó
Jorge Adriano - Guia credenciado pelo ICMBio
Contato: (28) 99991-8832

Cafetaria Café Onofre

Sítio Forquilhas do Rio, Pedra Menina, Dores do Rio Preto

*Texto escrito pela jornalista Adriana Berlink, da TV Vitória/Record TV.

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