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Economia

Após mais de dois meses fechado, comércio reabre nesta segunda em Belo Horizonte

O acompanhamento para manutenção do processo de reabertura, ou sua interrupção, caso seja necessária, levará em conta três critérios

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Mais de dois meses depois de ter a atividade econômica reduzida por causa da pandemia do novo coronavírus, Belo Horizonte vai reabrir o comércio na segunda-feira, 25, com horário pré-fixado de funcionamento de lojas para controlar a circulação de pessoas pela cidade, restrição no número de clientes nos estabelecimentos e obrigatoriedade do uso de máscaras.

O retorno envolve salões de beleza, com horário marcado, lojas do setor de varejo, como móveis, shoppings populares e papelarias. Bares e restaurantes estão fora da fase inicial de reabertura, assim como shoppings centers. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 22, pelo comitê de infectologistas da prefeitura. O fechamento do comércio ocorreu em 18 de março.

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) não participou da apresentação do programa de reabertura. O médico Jackson Machado, que integra o comitê, admitiu temor em relação ao início da retomada do comércio na cidade. "O momento me traz um pouco de medo. Não sabemos o que vai acontecer", afirmou.

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O acompanhamento para manutenção do processo de reabertura, ou sua interrupção, caso seja necessária, levará em conta três critérios: o nível de transmissão da doença e o número disponíveis de leitos específicos para pacientes de covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e em enfermarias.

A elaboração do programa levou em consideração a circulação de pessoas na cidade, por isso os horários pré-estabelecidos para o retorno. Shoppings populares podem funcionar das 11h às 19 horas. Salões de beleza, das 7h às 21 horas. Além do horário marcado, há proibição de uso de toalhas de pano e definição para que haja intervalo de 30 minutos entre um cliente e outro.

A decisão de permitir a volta dos shoppings populares, e não dos shoppings centers, deve-se ao número de trabalhadores em cada um dos setores. No caso dos primeiros, segundo o infectologista, o total de trabalhadores é de 2 mil, quantidade menor que a dos outros shoppings, conforme o médico. "Dessa forma, permite-se que o número de pessoas circulando seja diluído ao longo do dia", justificou Machado.

Grupo de risco está proibido de retomar trabalho

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Funcionários dos estabelecimentos com retorno autorizado que tiverem mais de 60 anos, forem diabéticos, hipertensos, ou seja, que estejam no grupo de risco em relação à covid-19, estão proibidos de retornar ao trabalho, conforme o plano de reabertura da prefeitura. Pelo programa, as lojas têm de respeitar área de cinco metros quadrados por pessoa. Um estabelecimento com 30 metros quadrados, por exemplo, pode permitir a entrada de seis pessoas, incluindo funcionários. Não pode haver promoções e o ar condicionado tem de ficar desligado.

O médico afirma que o respeito ao isolamento em Belo Horizonte permitiu o início da reabertura do comércio na cidade. Machado, no entanto, demonstrou preocupação com o uso de máscara na cidade. "Passei em um ponto de ônibus. Havia quinze pessoas. A metade com a máscara no queixo", denunciou. O infectologista, como já afirmou o prefeito Kalil, disse que, caso os índices levados em conta para o plano de reabertura piorem, pode ocorrer, inclusive, lockdown na cidade.

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Atualmente, segundo o médico, o nível de transmissão é de 1,09. O alerta, para esse índice, ocorre quando o patamar chega a 1,20. Os outros dois indicadores, leitos de UTI e de enfermaria específicos para covid-19, estão hoje em 40% e 34%, respectivamente. Belo Horizonte tem 867 leitos para a doença, sendo 220 em UTIs e 647 em enfermarias. A prefeitura afirma que, por parceria com hospitais, pode abrir mais 729 de UTIs e 1.752 de enfermaria, a qualquer momento. A cidade tem hoje 1.280 casos de covid-19 e 36 mortes pela doença.

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