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Economia

Superávit de abril era esperado, diz BC; período é sazonalmente favorável

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O Chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta quinta-feira, 24, que o superávit de US$ 620 milhões nas transações correntes de abril era esperado pelo BC e ocorre em um período no qual, sazonalmente, os resultados da balança de pagamentos são mais favoráveis. "Em 2007 foi o último ano em que houve superávit no acumulado do ano, e o déficit de US$ 2,604 até abril é o melhor resultado para o primeiro quadrimestre do ano desde 2007", acrescentou.

Para maio, o BC espera um novo superávit nas transações correntes, de US$ 2,5 bilhões. Em maio do ano passado, houve um saldo positivo de US$ 2,75 bilhões. "É um valor aproximadamente igual ao de maio do ano passado. Com isso, o saldo de transações correntes em 12 meses deve ficar em cerca de US$ 9,1 bilhões em maio", completou.

Rocha destacou que os Investimentos Diretos no País (IDP) de US$ 2,618 bilhões em abril vieram um pouco abaixo do que o BC esperava (US$ 3 bilhões). "Os resultados do IDP têm apresentado redução nos últimos meses", afirmou.

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Até o dia 22 de maio, o ingresso de IDP no mês estava em US$ 1,5 bilhão. "Projetamos para o mês a entrada de US$ 3 bilhões em IDP. Em maio do ano passado, esse ingresso foi de US$ 2,9 bilhões", apontou.

Lucros e dividendos

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que as remessas com lucros e dividendos aumentaram em abril, chegando a US$ 1,194 bilhão, ante US$ 944 milhões de abril de 2017. "O País saiu da recessão e as empresas voltaram a lucrar, como era esperado", afirmou. Até o dia 22 de maio, as remessas de lucros e dividendos somavam US$ 913 milhões.

Já a despesa líquida de juros era de US$ 533 bilhões até o dia 22 deste mês.

Rocha apontou ainda que o aumento das taxas de juros internacionais ocasionou uma alta na renda das reservas internacionais para US$ 486 milhões em abril, ante US$ 300 milhões em abril do ano passado.

Viagens

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que o déficit de US$ 1,040 bilhão na conta de viagens em abril, superior ao saldo negativo de US$ 908 milhões do mesmo mês do ano passado. Ele lembrou que o real agora está mais desvalorizado em relação ao dólar do que estava no mesmo período de 2017.

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"As despesas com viagens permanecem com trajetória de crescimento em maio", disse Rocha. Até o dia 22, o déficit na conta de viagens no mês estava em US$ 867 milhões, com receitas de US$ 303 milhões e despesas de US$ 1,170 bilhão.

Segundo ele, entretanto, como os gastos com moeda estrangeira estão mais caros, o ritmo de crescimento dessas despesas deve cair nos próximos meses. Em maio de 2017, o câmbio médio estava de R$ 3,21. Já em maio deste ano, está em R$ 3,61. "O impacto do câmbio sobre as viagens não ocorre exatamente no momento em que há a valorização do dólar. O efeito do câmbio sobre conta de viagens vai sendo sentido ao longo do mês", explicou.

Rocha também destacou o desempenho da balança comercial brasileira e apontou que em abril as importações cresceram mais do que as exportações. "O crescimento de importações é indicador de crescimento da atividade econômica", avaliou.

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