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Economia

Powell diz que influência externa de política do Fed é tratada com exagero

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, disse hoje que a instituição irá comunicar sua estratégia de política para taxas de juros da "forma mais clara e transparente" possível para evitar tumultos nos mercados que possam afetar economias externas.

Powell, em comentários preparados para um discurso feito nesta terça-feira em Zurique, na Suíça, refutou, no entanto, alegações de que os esforços do Fed para impulsionar o crescimento econômico dos EUA ao longo da última década tenham sido o principal fator por trás de um expressivo aumento nos fluxos de capital para países emergentes e de que a retirada de estímulos pelo Fed irá gerar transtornos nesses mercados.

"Ainda que fatores globais tenham um importante papel de influenciar condições financeiras domésticas, o papel da política monetária do Fed é frequentemente exagerada", afirmou Powell, durante conferência promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central da Suíça (SNB, pela sigla em inglês).

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Segundo Powell, a globalização financeira impõe alguns desafios à política monetária, mas construir "estruturas de política mais fortes e transparentes e um sistema financeiro mais resistente" poderá reduzir a perspectiva de impacto das políticas.

Powell admitiu que as ações do Fed têm efeitos em outros países, uma vez que a instituição define a política dos EUA, maior economia do mundo, e emite dólares. Ele alertou, contudo, que não se deve exagerar a influência da política do Fed nas condições financeiras globais.

Esforços de outros bancos centrais para estimular suas economias, como na Europa, também podem afetar os EUA, Powell argumentou. Isso talvez explique porque as condições financeiras nos EUA - refletidas nos valores de ações, bônus, moedas, imóveis e outros ativos - ficaram mais relaxadas, apesar de o Fed ter elevado seus juros básicos em seis ocasiões desde dezembro de 2015, acrescentou.

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Powell disse ainda que recentes indicadores enfraqueceram o argumento de que os fluxos de capital para mercados emergentes foram causados principalmente pelos estímulos monetários do Fed e de outros bancos centrais de países avançados.

Os fluxos para emergentes começaram a diminuir em 2011, período em que a política monetária do Fed era de forte apoio ao crescimento. Mais recentemente, os fluxos para mercados emergentes ganharam força, ainda que o Fed esteja se movimentando no sentido de retirar estímulos.

Para Powell, "existem bons motivos para imaginar que a normalização de políticas monetárias em economias avançadas deverá continuar sendo gerenciável para" países emergentes.

De acordo com Powell, os emergentes reduziram suas vulnerabilidades a choques financeiros externos desde as décadas de 1980 e 1990, que foram marcadas por graves crises. Ainda que os riscos de dívidas corporativas tenham aumentado em alguns mercados emergentes, esse aumento é relativamente limitado fora da China e começou a se reverter devido à recuperação na economia global, explicou.

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Powell admitiu, porém, que alguns riscos persistem. "Alguns investidores e instituições podem não estar bem posicionados para um aumento nas taxas de juros, mesmo um que seja amplamente esperado pelos mercados", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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