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Economia

Para FGV, câmbio vai elevar expectativa do consumidor com inflação

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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A desvalorização do real não deve arrefecer nos próximos meses e a percepção da inflação pelo consumidor tende a mudar de patamar, avaliou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) o pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV Ibre Pedro Guilherme Ferreira. No início do ano, a visão de Ferreira era de que a expectativa média dos brasileiros para a inflação em 2018 ficaria no patamar dos 4%. Com a alta do câmbio, esse patamar subiu para 5% com viés de alta para 6%, avaliou o pesquisador.

"Eu estava achando que íamos acabar o ano na faixa de 4%, mas agora, a desvalorização cambial mudou minha visão. O câmbio vai continuar elevado, com o real desvalorizado", afirmou.

A FGV Ibre divulgou hoje a expectativa média do consumidor para a inflação nos próximos 12 meses apurada em maio, que subiu para 5,3% ante expectativa de 5% em abril. A alta foi maior na percepção de famílias com renda mais baixa (de até R$ 2.100,00), a menor faixa de renda ouvida pela pesquisa, e que, segundo Ferreira são as primeiras a perceber o impacto da alta de preços.

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"São dois fatores. Além de mais afetados são os menos informados, portanto qualquer notícia impacta mais, tem menos filtro em relação às notícias", ressaltou, observando que a mídia tem uma grande influência na expectativa do consumidor e faz parte do modelo utilizado para o índice da FGV Ibre.

Ferreira considera maio o mês da virada de tendência da expectativa do consumidor, e avalia que os fatores que levaram a isso foram principalmente a alta do dólar, "antes previsto para fechar o ano e R$ 3,70 e agora em R$ 4"; a guerra comercial dos EUA, que com a redução de impostos aumentou a inflação norte-americana, e consequentemente os juros, "o que leva a liquidez do mercado par lá"; e o aumento dos combustíveis, "que já é reflexo do câmbio e da alta do petróleo", explicou.

Segundo ele, mesmo com a interferência do Banco Central na taxa de câmbio no Brasil, dificilmente a moeda norte-americana vai voltar para o patamar de R$ 3. "Vai ficar em torno de R$ 4", avalia.

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