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Economia

Ilan diz que guerra comercial gera incertezas e crescimento menor no mundo

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Em resposta a uma pergunta sobre os efeitos de uma guerra comercial entre Estados e Unidos e China, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, rejeitou a tese de que o conflito poderia ser positivo para o Brasil. "Guerra comercial não beneficia ninguém, gera incertezas e crescimento menor no mundo", afirmou o dirigente, em evento do Lide, grupo de empresários.

Para Goldfajn, o ideal é que o comércio internacional cresça, acrescentando que o Brasil deveria buscar realizar mais acordos comerciais com outros países ou regiões, dando o exemplo da Europa.

"Deveríamos acelerar isso nos próximos anos, porque isso gera mais confiança, mais eficiência, mais exportação e tenho certeza que gera mais crescimento também", disse.

Questões políticas

Numa declaração em que recebeu aplausos de empresários, Goldfajn ressaltou o papel técnico e apartidário da autarquia ao dizer que não comentaria questões políticas.

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"Acho que hoje em dia precisamos ter atores de Estado, atores neutros. Vamos trabalhar no BC independente das questões politicas", declarou Goldfajn ao responder a uma pergunta sobre as eleições de outubro.

Apesar do posicionamento neutro, o presidente do BC voltou a dizer que é fundamental ao País perseverar com a agenda de reformas e medidas estruturais, dentro do objetivo de reduzir sua taxa de juros estrutural. Segundo ele, o Brasil vai "naturalmente" voltar a atrair investimentos à medida que conseguir avançar na agenda de reformas.

Mais uma vez, Goldfajn alertou que uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes estruturais na economia poderá afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.

"O risco desse impacto se intensifica no caso de continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes", observou Goldfajn durante o almoço do Lide. Durante o evento, ele citou a reversão do cenário externo entre os motivos que levaram o Copom manter os juros em sua última reunião.

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Segundo Goldfajn, o choque externo reduziu a chance de a inflação ficar abaixo da meta, tornando também desnecessária uma ação da autarquia para diminuir o risco de a inflação convergir muito lentamente em direção à meta.

Selic

Goldfajn reforçou que a manutenção da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano, nas próximas reuniões do Copom é "adequada", considerando-se as projeções "confortáveis" para a inflação e o balanço de riscos considerado pelo colegiado em suas decisões.

Durante almoço promovido pelo Lide, ele repetiu a leitura, expressa nos últimos comunicados do Copom, de que a conjuntura de recuperação lenta prescreve que a Selic continue abaixo da taxa de juros estrutural para estimular a economia.

Ao comparar com o cenário observado antes de assumir o comando do BC, Goldfajn destacou que as expectativas de inflação se mostram hoje ancoradas.

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"A redução da inflação, a ancoragem das expectativas, a queda nas taxas de juros e a melhoria das condições no mercado de crédito têm propiciado a recuperação da economia", comentou o titular do BC.

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