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Economia

Guerra comercial com China está "em suspenso", mas pode haver tarifas, dizem EUA

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou neste domingo que o governo do presidente Donald Trump colocou "em suspenso" a guerra comercial com a China, após dias de negociações entre as partes. Segundo ele, porém, Trump pode no futuro impor tarifas, caso Pequim não leve adiante suas promessas.

"Conseguimos progresso muito significativo com a China nas negociações comerciais", afirmou Mnuchin, durante entrevista à emissora Fox News. Segundo ele, foi fechado um marco, uma estrutura entre as partes, que incluirá uma redução "significativa" do déficit comercial americano com a potência asiática. "Há um acordo com a China para reduzir o déficit substancialmente", enfatizou.

Mnuchin citou alguns números específicos. Segundo ele, o governo americano deseja atingir uma alta de 35% a 40% em suas vendas no setor agrícola à China apenas neste ano. No setor de energia, ele disse que a intenção é que as compras chinesas dobrem no futuro próximo: "É possível haver alta de US$ 50, US$ 60 bilhões em compras de energia [da China] nos próximos três a cinco anos". Ele também disse que o secretário de Comércio, Wilbur Ross, visitará em breve a China e tratará, entre outros temas, de buscar maior abertura no setor de tecnologia.

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A autoridade foi questionada pelo fato de que a China não teria aceitado a exigência de um corte de US$ 200 bilhões no déficit comercial, sem se comprometer com metas específicas. Segundo Mnuchin, o governo não divulga suas metas, que variam a cada setor da economia.

Mnuchin também foi perguntado sobre o caso da ZTE, uma empresa chinesa que sofreu sanções por ter desobedecido uma proibição americana de fazer negócios com a Coreia do Norte e o Irã. Segundo ele, Trump quer que o governo seja duro com a ZTE. Nesta semana, contudo, o presidente americano disse que esse caso deve ser visto no contexto mais amplo das negociações bilaterais. Mnuchin afirmou, porém, que qualquer mudança que possa ser feita na punição à ZTE levará em conta a proteção da tecnologia e dos empregos americanos.

Na entrevista, o secretário do Tesouro tratou ainda das renegociações em andamento do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), que envolve EUA, Canadá e México. Segundo ele, Trump está mais preocupado em conseguir um bom acordo do que com prazos. Caso não seja possível votar o tratado reformulado logo, isso poderia ser feito pelo próximo Congresso, após as eleições legislativas americanas de novembro, comentou Mnuchin. "Ainda estamos distantes, mas trabalhamos para negociar um bom acordo", disse.

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