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Economia

Governo busca reduzir risco de inadimplência em rodada de concessões

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Para evitar novos problemas de inadimplência de concessionárias de aeroportos, o governo incorporou novos mecanismos na modelagem da próxima rodada de licitações do setor, prevista para ocorrer no final deste ano.

De acordo com a minuta de edital publicada nesta terça-feira, o leilão terá como critério o maior valor de contribuição inicial. Essa contribuição inicial, que deverá ser paga pelo consórcio vencedor na hora da assinatura do contrato, corresponderá a uma parcela relevante do total da outorga.

O restante da outorga será exigido depois de cinco anos, por meio da contribuição variável - um porcentual do faturamento do aeroporto -, o que funcionará também como um mecanismo de compartilhamento de riscos entre poder concedente e concessionária.

Segundo a minuta de edital, as propostas das empresas interessadas na 5ª rodada devem considerar os valores mínimos de contribuição inicial de R$ 360,437 milhões para o bloco do Nordeste, R$ 10,376 milhões para o do Centro-Oeste e de R$ 66,805 milhões para o do Sudeste.

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou na manhã desta terça o lançamento da consulta pública para o próximo leilão aeroportuário. Serão concedidos à iniciativa privada, pelo prazo de 30 anos, 13 terminais, que respondem por 9,5% do mercado doméstico, com quase 20 milhões de passageiros transportados por ano.

Pela primeira vez, os ativos serão concedidos em blocos, separados pelo critério regional. Há o bloco do Nordeste, formado pelos aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). O bloco do Sudeste inclui os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ). Os outros cinco aeroportos, todos em Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis e Alta Floresta), formam o bloco do Centro-Oeste.

O formato de concessão em blocos e os problemas vistos em licitações aeroportuárias anteriores exigiram novidades para o próximo leilão. Na 5ª rodada, um mesmo proponente poderá vencer o leilão para qualquer um dos blocos de aeroportos que disputar. A proposta submetida à consulta pública também não limita a participação de concessionárias dos aeroportos já concedidos. Na rodada anterior, havia uma restrição ao controle de mais de um aeroporto da mesma região geográfica por um único proponente.

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Além disso, foram fixadas como garantia da execução contratual as quantias de R$ 179,9 milhões para o bloco Nordeste, de R$ 43,8 milhões para o bloco Centro-Oeste e de R$ 44 milhões para o bloco Sudeste. Esses valores correspondem a 25% da receita média estimada no Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) de cada bloco a ser leiloado e são, de acordo com a Anac, "suficientes para a cobertura dos riscos envolvidos - sem sobrecarga excessiva para as futuras concessionárias".

Os consórcios vencedores do leilão deverão realizar os investimentos focados na "melhoria do nível de serviço e de acordo com a demanda", afirma a Anac. O Plano de Exploração Aeroportuária (PEA) de cada aeroporto licitado prevê alguns investimentos iniciais obrigatórios. O prazo de execução das intervenções dessa etapa inicial, chamada de "Fase I-B", será de 36 meses para a maioria dos aeroportos leiloados.

Audiências públicas

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Foram marcadas quatro audiências públicas para que a sociedade e interessados no leilão apresentem contribuições aos documentos divulgados nesta terça. As sessões aconteceram em Vitória (ES), Brasília, Cuiabá e Recife, entre os dias 15 e 21 de junho.

Depois dessa fase, o governo deve consolidar as contribuições feitas nas audiências públicas, avaliar possíveis alterações no projeto e encaminhar os documentos finais ao Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o site do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a expectativa é publicar o edital de concessão e realizar o leilão no último trimestre de 2018.

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