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Economia

ANP anuncia medidas para garantir abastecimento e inibir preços abusivos

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Em meio à crise de abastecimento, especialmente do diesel, por causa dos protestos de caminhoneiros em todo o País, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou na tarde desta quinta-feira, 24, o relaxamento de uma série de exigências de regulação da venda de combustíveis. O objetivo, segundo a agência reguladora, é "garantir a continuidade do abastecimento de combustíveis e inibir preços abusivos".

Em nota, a ANP frisa que as medidas foram tomadas em "caráter excepcional". Todas as medidas envolvem regras para a preparação final dos combustíveis para a venda ao consumidor ou para a comercialização no varejo e começam a valer a partir de sexta-feira, dia 25, quando serão publicadas no Diário Oficial da União.

Uma das medidas é liberar a vinculação entre os postos de combustível e as marcas das distribuidoras. Atualmente, segundo a ANP, 65% das vendas de gasolina, 66% de diesel e 56% de etanol hidratado ocorrem por meio de postos vinculados a marcas específicas de distribuidores, conhecidos como postos bandeirados. Somente os postos sem bandeira podem comprar de qualquer distribuidor.

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"Essa vinculação impede que distribuidores de uma marca comercializem com postos de outra. Desse modo, a flexibilização do modelo oferece alternativa de suprimento por distribuidores cujas bases não tenham sido afetadas pelos bloqueios", diz a nota divulgada há pouco pela ANP.

Outra medida é suspender a exigibilidade de estoques operacionais mínimos de gasolina e diesel, querosene de aviação (QAV) e gás de botijão (GLP). Essas exigências estão previstas nas resoluções ANP 45/13, ANP 6/15 e ANP 5/15.

"Os estoques operacionais mínimos foram exigidos em resoluções justamente com a finalidade de suportar crises de abastecimento. Sua manutenção nesses períodos contraria a própria lógica para a qual foram constituídos", diz a nota da ANP.

A agência reguladora também flexibilizou a obrigatoriedade de mistura de biodiesel no diesel A e de etanol anidro na gasolina A. No caso da gasolina A, a mistura de etanol anidro, hoje em 27%, poderá ser reduzida até 18%. Já o diesel A, que hoje deve ter 10% de mistura de biodiesel, poderá ser vendido puro. As misturas são feitas nas bases dos distribuidores, depois de os combustíveis saíram das refinarias ou das usinas.

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"A exigência da mistura torna mais complexa a logística na cadeia de distribuição, pois adiciona o fluxo entre a usina produtora e o distribuidor, o qual, geralmente, é rodoviário. Esse fluxo também está sendo prejudicado pela paralisação, impedindo a realização de mistura em diversas bases que já têm o diesel A e a gasolina A, mas não o biodiesel e/ou o etanol anidro em quantidades suficientes", diz a nota da ANP.

Em outra medida, a ANP liberou os TRRs (Transportador Revendedor Retalhista, que só fornecem diesel para grandes frotas) para vender diretamente para os postos. Segundo a agência, os TRRs têm atuação regional, com "elevada capilaridade", e atuam de forma complementar aos distribuidores de combustíveis. Cerca de 13% do mercado nacional de óleo diesel fica com os TRRs.

"Ao permitir a venda dos TRRs aos postos, poderão suprir mercados locais/regionais com maior agilidade e viabilizar atuação dos distribuidores em ocorrências de maior relevância. Além disso, os TRRs podem ter estoques de diesel em locais onde distribuidores apresentam escassez", diz a nota da ANP.

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Por fim, a ANP liberou o engarrafamento de distribuidoras de gás de botijão (GLP) para vasilhames de outras marcas. Hoje, as distribuidoras de GLP só podem encher botijões "que apresentem sua marca comercial no recipiente", o que "traz complexidade logística", segundo a ANP.

"O consumidor pode devolver ao revendedor botijão de qualquer marca, exigindo a destroca de botijões. Ao liberar o engarrafamento para vasilhames de outras marcas, elimina-se a etapa logística da destroca de botijões entre distribuidores, viabilizando maior agilidade nas operações comerciais em áreas que tenham sido afetadas pelos bloqueios", diz a nota da ANP.

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