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Economia

Temer deve apresentar 'Super DRU'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - Depois do anúncio da meta fiscal que fixa um déficit de R$ 170,5 bilhões das contas públicas em 2016, o presidente em exercício Michel Temer define nesta segunda-feira, 23, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as medidas que vão integrar o primeiro pacote econômico do seu governo. O anúncio foi adiado de segunda para terça-feira para dar mais tempo para a elaboração técnica das propostas.

As primeiras medidas do Plano de Estabilização Fiscal de Temer terão como foco o controle de gastos - entre eles, as despesas de pessoal - para resgatar a capacidade de o governo voltar a gerar superávits primário nas suas contas e reverter a trajetória hoje explosiva da dívida pública. A cesta de medidas que farão parte do pacote será fechada em reunião na tarde desta segunda.

A área técnica está desenhando uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para desvincular receitas atualmente "carimbadas" a despesas específicas. Será uma espécie de "Super DRU", como já vem sendo chamada por auxiliares de Temer o mecanismo mais amplo de Desvinculação das Receitas da União que a equipe econômica pretende implantar para reduzir a rigidez orçamentária.

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O governo também vai propor a fixação de um teto "realista" para controlar o crescimento das despesas não financeira, inclusive gastos obrigatórios. Também serão anunciadas medidas de controle de gastos com pagamento do funcionalismo.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a estratégia que contempla o teto de gastos é a de definição de escolhas prioritárias. "Assim, qualquer coisa a ser feita acima do teto terá que sacrificar outra despesa",disse uma fonte do governo.

A vantagem dessa regra, diferentemente da proposta do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, é que o gasto pode ser controlado melhor, sem ser pró-cíclico, aquele que acompanha o ciclo econômico.

Na regra desenhada por Barbosa e já encaminhada ao Congresso, quando a economia cresce mais, o gasto público acompanha a expansão do PIB. Ou seja, uma recuperação da economia levaria a um maior crescimento do gasto público, dificultando um ajuste estrutural das contas do governo.

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Já pelo modelo que o ministro Meirelles tem chamado de regra do "nominalismo" isso não acontece, pois o teto para o crescimento da despesa não será afetado necessariamente pelo crescimento do PIB. Isso porque regime nominal impede o crescimento real dos gastos. "Não temos recursos suficientes para atender o que todo mundo quer", afirma.

Na avaliação da equipe econômica, é mudança que ajuda a trazer o "realismo" das condições financeiras atuais do setor público para a peça orçamentária.

Legislação

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, será tecnicamente muito complicado preparar já o texto das propostas que serão encaminhadas ao Congresso. "Ainda estamos fazendo costuras legais", afirma uma fonte do governo, ressaltando que o mecanismo aponta as preferências de determinadas ações de governo. Por isso, dificilmente as medidas legais estarão prontas no anúncio.

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Várias medidas estão em análise na equipe econômica, mas apenas um grupo inicial delas deverá ser escolhido pelo presidente Temer para serem anunciadas. Há a possibilidade de ser incluída no pacote a proposta de PEC que dará foro privilegiado ao presidente do Banco Central e diretores da instituição.

Essa PEC foi negociada por Meirelles com Temer como uma blindagem jurídica depois que o presidente do BC perdeu status de ministro.

A expectativa é de que algumas medidas possam ter efeito ainda em 2016, mas o impacto maior começará em 2017. A equipe econômica admite que não será possível obter superávit nas contas no ano que vem. Isso só viria em 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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