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Economia

Tombini repete em seminário no Rio que BC está atento à inflação

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou no Rio o discurso da autoridade monetária, de que a política de aperto de juros seguirá "vigilante" com a inflação, palavra que ele citou três vezes no discurso de encerramento do XVII Seminário de Metas para a Inflação. Ele também ressaltou em três momentos diferentes que o BC levará a inflação à meta de 4,5% no final de 2016.

Desde a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em abril, o BC exibe uma comunicação mais firme para a sociedade, de que está disposto a fazer a inflação convergir à meta no encerramento do ano que vem. No pronunciamento desta sexta-feira, 22, Tombini deu curso a esse processo de comunicação, a fim de aumentar a crença de economistas e analistas do mercado financeiro de que o IPCA vai baixar de forma considerável no horizonte de 19 meses.

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Esse tipo de mensagem é conhecido no mercado como "ancoragem de expectativas" e é importante. Nos modelos econométricos que o BC utiliza para auxiliar na decisão sobre a taxa de juros básica, a Selic, as expectativas têm um peso grande.

"É fundamental para o sucesso do nosso processo de ajustes em 2015 e para as perspectivas de iniciar um novo ciclo de crescimento sustentável mais à frente, que esse cenário de convergência se materialize como resultado da vigilância da política monetária", afirmou o presidente do BC.

Tombini reiterou que, apesar de registrar avanços no combate à inflação, como a gradual redução das expectativas de inflação de 2017 a 2019, eles ainda não se mostram suficientes. Para economistas, esse comentário está sendo ressaltado pelo BC para indicar que a elevação de juros iniciada em outubro ainda precisará se estender. No mercado, a aposta majoritária é de que o Copom elevará a Selic de 13,25% para 13,75% no próximo dia 3, quando será encerrada a reunião de junho. O discurso de hoje corroborou essa posição.

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"Com essa postura consistente com o quadro de ajustes da nossa política macroeconômica, conseguiremos assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% em dezembro de 2016", comentou Tombini, ressaltando que o BC cumprirá seus objetivos com "determinação e perseverança".

O presidente do BC também comentou que é importante a economia fazer ajustes para manter sua solidez, a fim de estar preparada para o movimento de alta de juros nos EUA, que para ele deverá ocorrer ainda neste ano. Com a alta de juros por lá, a tendência é que os capitais financeiros saiam dos mercado emergentes em direção aos EUA.

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