Maranata inaugura usina e assume liderança na geração de energia solar no Brasil
Com a usina do Sítio Esperança, na Serra, a ICM evita que 610,34 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera por mês e preserva 33.057 árvores mensalmente
A Igreja Cristã Maranata (ICM) tornou-se a maior geradora de energia solar do Brasil e a maior igreja em geração desse tipo de energia em todo o mundo. O marco foi atingido no último dia 12 de abril, quando a igreja inaugurou no Sítio Esperança, em Putiri, na Serra, sua maior usina de geração de energia fotovoltaica.
No espaço há 2.912 placas fotovoltaicas, que produzem 135 mil KWH por mês, capazes de abastecer 933 unidades consumidoras.
A usina do Sítio Esperança soma-se a outras estruturas de geração de energia solar da Igreja Maranata. Só no Espírito Santo, são seis usinas ativas e outras duas em execução.
No Brasil há ainda outras 14 usinas ativas, nos estados de Minas Gerais, Pará, Amazonas, Ceará e Distrito Federal, e outras 25 em execução, no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Sergipe.
O Espírito Santo é o Estado onde as usinas da Maranata mais produzem esse tipo de energia alternativa (237.470 KWH por mês). Elas estão no Maanaim Camará, Maanaim de Carapina, ICM Jardim Camburi 3, ICM Praia da Costa, Escola Edward Dodd e, agora, Sítio Esperança.
Depois, no ranking, estão os estados de Minas Gerais (160 mil KMH/mês), Rio de Janeiro (110 mil KMH/mês) e outros estados (104.700 KMH/mês). Em todo o Brasil, são 2.715 igrejas atendidas.
O presidente da ICM, pastor Gedelti Victalino Teixeira Gueiros, explica que a igreja tem concentrado a produção de energia renovável no Espírito Santo.
“Começamos esse projeto há oito anos e queremos que isso entre na história do Espírito Santo como uma necessidade premente. Estamos ajudando a construir esse país. Nossa preocupação não é individual, mas assumimos como igreja o compromisso de fazer tudo aquilo que é possível.”
O coordenador do projeto de energia solar da ICM, pastor Daniel Moreira, destaca que o plano de expansão de uso da energia fotovoltaica pela ICM prevê mais 54 usinas até o final deste ano.
A usina do Sítio Esperança foi oficialmente inaugurada no dia 12 de abril, mas já está em operação desde março. Em um mês de funcionamento, ela evitou que 121 toneladas de gás carbônico fossem lançadas na atmosfera.
“Em seis anos, esse investimento estará pago e, em 20 anos, o Sítio Esperança vai ser responsável por economizar quase R$ 70 milhões. Além disso, a ICM faz parte do esforço global pelo desaquecimento do planeta”, ressalta o pastor Daniel Moreira.
O diretor-geral do Presbitério da Igreja Cristã Maranata, pastor Luiz Eugênio do Rosário Santos, diz que agora será possível não só abastecer todas as igrejas e Maanains do Espírito Santo, mas ainda gerar créditos de energia, uma vez que o que é produzido na usina do Sítio Esperança é mais do que suficiente para suprir todas as estruturas da Maranata no Estado.
“A igreja pensa na crise energética que o mundo enfrenta. Esse projeto é perene e proporciona uma economia muito grande para a igreja. Fizemos investimentos próprios, e com a economia de 100% na conta de energia, vamos poder fazer mais pelo evangelismo e pelas obras sociais”, enfatiza.
Diversas autoridades estiveram presentes na inauguração da usina do Sítio Esperança. Dentre elas, o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal
“A produção de energia solar começa a colocar a Serra numa posição de protagonismo dentro do Espírito Santo. Nós já temos alguns incentivos para esse tipo de iniciativa e estamos ampliando ainda mais. Temos que mudar nossa matriz energética. Hoje, a energia fotovoltaica representa 12% da matriz energética do Brasil, superando inclusive a eólica. Importante frisar também que quem implanta energia fotovoltaica contribui com quem não tem, porque quanto mais geração desse tipo de energia renovável, mais longe ficamos da tarifa vermelha.”
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, salientou que o projeto de energia sustentável que a ICM está construindo mostra o compromisso da igreja com a vida.
“Um dos grandes desafios do mundo é conciliar desenvolvimento e crescimento econômico. E sabemos a dificuldade que é fazer com que essa balança fique equilibrada. Nós precisamos cuidar do mundo. A ICM dá mais um exemplo de civilidade, um exemplo de que é possível evoluir coletivamente preservando o meio ambiente, os legados e fazendo com que o mundo seja melhor.”
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, destacou o compromisso do governo de transformar o Espírito Santo num estado carbono neutro.
“Essa pauta é extremamente importante para nosso governo. O planeta está esquentando, e a culpa é do carbono. A gente precisa reduzir as emissões e fazer a compensação, e o que a ICM faz está totalmente em linha com o plano de descarbonização do Espírito Santo. O Estado emite 31,5 milhões de toneladas de carbono, e agora são 7 mil toneladas a menos por conta dessa iniciativa da Maranata.”
Com a iniciativa de usar energia fotovoltaica, a ICM promove, além de uma alternativa sustentável para o abastecimento de suas igrejas, economia ambiental e financeira.
Com a nova usina, a ICM passa a evitar que 610,34 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera por mês e preserva 33.057 árvores mensalmente.
Em termos financeiros, o uso de uma fonte renovável de energia representa uma economia de mais de R$ 2,2 milhões ao ano considerando apenas as usinas do Espírito Santo e Minas Gerais que geram energia há mais de dois anos.