Por que houve aumento do preço da gasolina nos postos mesmo sem reajuste da Petrobras?
Em Vitória, o preço médio da gasolina comum era de R$ 7,23 na segunda-feira (11). Nesta quinta (14), o valor médio é de R$ 7,38
O condutor que circula pelas ruas da Grande Vitória já percebeu que o preço da gasolina aumentou de novo. Dessa vez, o problema não é causado por reajustes na Petrobras, mas pode ser impacto na guerra entre Rússia e Ucrânia.
De acordo com o sindicato que representa os postos de combustíveis no Espírito Santo, o novo reajuste é causado pela dificuldade no abastecimento das bombas. Em alguns estabelecimentos, faltou gasolina em algumas bombas.
Um navio que traria combustível, previsto para atracar nesta quarta-feira (13), não chegou. Com isso, os postos precisam comprar o combustível por vias terrestres, o que pode ser mais caro.
O Sindipostos esclarece que, como o consumo dos combustíveis no Brasil é maior do que a produção, é necessário que haja importação para suprir a demanda.
Em diversos posto da Grande Vitória, houve reajuste nesta semana. Em Vitória, o preço médio da gasolina comum era de R$ 7,23 na segunda-feira (11). Nesta quinta (14), o valor médio é de R$ 7,38.
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Combustível puxa série de aumento
A alta no preço dos combustíveis vai além dos gastos para encher o tanque. Nas últimas semanas, desde o último anúncio de reajuste feito pela Petrobras - de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel -, vários aumentos foram anunciados.
As tarifas de viagens por aplicativos subiram até 6%; as entregas por delivery, até 50%; e as passagens aéreas, entre 32% (internacionais) e 62% (nacionais). Isso sem contar o que vem pela frente. As empresas de transporte público reivindicam aumentos de cerca de 20%.
Alimentos e produtos industrializados também sentem os efeitos da alta dos combustíveis, por causa do aumento dos fretes. Hoje, o Brasil movimenta mais de 60% de suas cargas por rodovias, em caminhões movidos a diesel.
Como o reajuste impacta o custo das transportadoras, esse aumento também é repassado para o frete. Algumas já conseguiram recompor as perdas, outras ainda estão renegociando os contratos com os clientes para repassar, pelo menos, parte do aumento.
*Com informações do Estadão Conteúdo