ESPECIAL MERCADO IMOBILIÁRIO

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Especial Mercado Imobiliário: financiamento impulsiona vendas e abre portas para realizar sonhos

Os financiamentos imobiliários atingiram R$ 4,87 bilhões em fevereiro deste ano. Número é 37,8% maior em comparação ao mesmo período de 2018

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Divulgação
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O financiamento no setor imobiliário é uma importante ferramenta de impulsionamento de vendas. Crédito imobiliário, muitas vezes, é a única opção para quem possui o sonho de conquistar a casa própria. 

Desde 2013, o setor de imóveis vive uma estabilização dos preços devido à baixa velocidade de venda e também à diminuição de lançamentos. Esses fatores, aliados às boas  taxas de juros, ocasionaram oportunidades para os compradores financiarem seus imóveis em melhores condições e fizeram crescer os números de financiamentos no país.

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos para compra e construção de imóveis, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), atingiram R$ 4,87 bilhões em fevereiro de 2019. O número representa uma alta de 37,8% em comparação ao mesmo período de 2018.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Segundo a pesquisa, só no primeiro bimestre de 2019, R$ 9,96 bilhões foram aplicados, o dado representa uma elevação de 34,9% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados da Abecip mostram ainda que, em termos de quantidade de imóveis, os financiamentos de fevereiro atenderam 19,4 mil unidades, o que representa um aumento de 48% em relação a fevereiro de 2018.

Nos dois primeiros meses deste ano, os recursos de financiamento viabilizaram a aquisição e a construção de 39,3 mil imóveis, elevação de 36% em relação a igual período de 2018. Nos últimos 12 meses, foram 238,8 mil imóveis, alta de 33,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Abecip, o crédito para a compra e a construção de imóveis no País deve atingir R$ 126 bilhões em 2019, o que, se confirmado, representará um crescimento de 7,0% em comparação com 2018.

Bom para todos

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Além da vantagem para o comprador, a possibilidade de financiamento é fundamental para os agentes do setor imobiliário. De acordo com o diretor comercial da Imobiliária Aliança, Jota Ferreira Junior, crédito imobiliário e utilização de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) representam 90% das vendas no ramo imobiliário.

"Cerca de 90% das vendas são feitas por meio do financiamento bancário e utilização de FGTS. Devido também às modalidades que temos, como consórcio, por exemplo e o fato de as taxas de juros terem caído, devido a taxa Selic ter diminuído pela metade do valor também ajuda muito. Essas condições de financiamento têm potencializado a procura de compra, criando as demandas e, assim, conseguimos fazer mais negócios", diz Junior.

Ouça o áudio abaixo:

Diretor comercial da Imobiliária Aliança fala sobre financiamento

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, considera que o financiamento é fundamental por causa do valor agregado dos produtos. "Os produtos têm valores agregados muito altos e por isso o financiamento é essencial. Mais de 80% dos imóveis são adquiridos com financiamento de médio ou longo prazo, por serem valores altos. Com o financiamento, são atingidas as camadas da população que mais necessitam de crédito para comprar esses imóveis. Ou seja, o financiamento imobiliário é, sem dúvida, uma ferramenta essencial para o setor de construção civil na área imobiliária", cita.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

O vice-presidente do Sinduscon-ES, Aristóteles Passos Costa Neto, diz que a população nem sempre dispõe de recurso para aquisição de imóveis à vista. Segundo ele, essas pessoas precisam de financiamento de longo prazo e taxas de juros baixas. Ouça o áudio abaixo:

Aristóteles Passos fala sobre a importância do financiamento no setor imobiliário

Facilitando o sonho

Foto: Reprodução / Instagram

Jhennyfer Silva e Álvaro Brito se casaram em julho de 2018. Eles revelam que, a partir do momento em que decidiram se casar, passaram a procurar um apartamento. "Decidimos ter um apartamento, pois queríamos nos casar e, para dar esse grande passo, precisaríamos de um lugar para morar. Entretanto, devido a algumas experiências dos nossos pais em morar de aluguel, achamos viável realizar o financiamento do nosso imóvel", diz Álvaro.

Segundo Jhennyfer, a conquista do sonho da casa própria só foi possível por meio do financiamento. "O financiamento para nós foi importante porque nos abriu uma grande porta, justamente pelas condições que ele nos deu para que pudéssemos adquirir nosso apartamento. Se não fosse o financiamento, certamente não teríamos nossa casa própria. Sem ele seria muito difícil alcançar esse sonho".

Ranking bancário

Carregando...
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06

O Bradesco liderou o volume de concessão de financiamentos em fevereiro no País, com R$ 1,379 bilhão em desembolsos. Na sequência, vieram Caixa Econômica Federal (R$ 1,225 bilhão), Itaú Unibanco (R$ 935 milhões), Santander (R$ 846,8 milhões) e Banco do Brasil (R$ 334,4 milhões).

Já em termos de quantidade de unidades financiadas, a Caixa foi líder do mês, com 5.965 imóveis atendidos. Isso mostra o foco do banco estatal em financiamentos destinados a imóveis de menor valor, voltados, principalmente, para população de média e baixa renda. Em seguida vieram Bradesco (5.352 unidades), Itaú Unibanco (2.928), Santander (2.508) e Banco do Brasil (1.556).

Dicas sobre financiamento

A pedido da reportagem, o economista Eduardo Araújo preparou uma lista com as principais dicas para quem pretende financiar um imóvel. Veja a abaixo:

1) Pesquisar menor custo: Uma boa forma de economizar com o pagamento de juros em financiamentos imobiliários é pesquisar as instituições de menor custo no site do Banco Central. Nesse site é possível constatar que há uma diferença de 3% da taxa de juros anual entre taxas de instituições financeiras com menor e maior juros. Significa que uma pessoa que opta por instituição com juros menores pode economizar até R$ 55 mil num financiamento de R$ 400 mil por 10 anos. 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_07

2) Barganhar descontos: A estagnação econômica dos últimos anos criou uma janela de oportunidade para quem quer adquirir imóvel. Em outras palavras, o comprador possui hoje um grande poder de barganha. A dica é aproveitar a conjuntura econômica para conseguir descontos, antes de fechar uma negociação. 

3) Portabilidade do crédito: Mesmo se você já financiou imóvel em algum banco, esteja atento que há possibilidade de se fazer a portabilidade do crédito para instituição financeira com taxa de juros menores. O novo financiamento mantém valor inicial e prazo do contrato, mas com a vantagem de se negociar os juros. 

4) Verificar a capacidade de pagamento: realizar um financiamento imobiliário é um decisão de longo prazo, que pode comprometer uma parte do seu orçamento por longo prazo. É fundamental avaliar como o compromisso vai impactar suas finanças, considerando cenário de desemprego e outros imprevistos. O ideal é juntar uma parte dos recursos para reduzir dependência de financiamento. É bom se programar para evitar transtornos e custos decorrentes da inadimplência. 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_08

5) Redução de juros com Cadastro positivo: se pretende aderir ao financiamento imobiliário no futuro é bom manter o pagamento de suas contas em dia. É que com as novas normas do cadastro positivo, que entram em vigor nos próximos dias, as instituições financeiras passarão a avaliar a nota de crédito das pessoas. Com isso, quem possui selo de bom pagador poderá conseguir juros mais baixos em empréstimos. 

6) Peça ajuda de um economista: as decisões financeiras de aquisição de compra de um imóvel pode levar em consideração fatores psicológicos e comportamentais que podem interferir no ato da compra. Além disso, os cálculos podem consumir tempo e energia além do desejado. Considere a ajuda de um economista ou especialista de finanças, antes de concluir o negócio. Esse profissional pode ajudar avaliar se custos e taxas oferecidos por instituição financeira é o mais vantajoso.



/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.