/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Único crédito que não cresceu foi o direcionado, diz BC

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, destacou nesta quinta-feira, 26, durante a apresentação das Estatísticas Monetárias e de Crédito, que o único grupo de crédito que não teve crescimento de estoque em março foi o direcionado. Nos demais grupos - crédito livre, crédito para pessoa física e crédito para pessoa jurídica - houve elevações no estoque.

De fato, conforme a nota divulgada mais cedo pelo BC, o estoque de crédito livre avançou 1,3%, o de pessoas físicas subiu 0,6% (considerando livre e direcionado) e o de pessoas jurídicas também teve alta de 0,6%. Considerando o total do crédito direcionado, porém, o saldo recuou 0,1%, "o que consideramos como uma estabilidade", acrescentou Rocha.

"A redução do crédito está ficando cada vez mais restrita a operações de pessoas jurídicas no crédito direcionado", afirmou. Rocha ponderou que, em qualquer forma de mensuração dos juros, as taxas, de maneira geral, se reduziram em março.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Segundo ele, em dezembro houve um efeito sazonal de fim de ano, quando o 13º salário acaba permitindo uma redução da necessidade de acesso a linhas de crédito mais caras, como cheque especial e rotativo do cartão.

Em janeiro e fevereiro, por sua vez, houve um efeito contrário, com o retorno dos clientes a linhas mais caras. O resultado disso foi a queda sazonal dos juros em dezembro e a elevação, também sazonal, das taxas em janeiro e fevereiro. "Em dezembro, pessoas recebem 13º salário. E isso faz a taxa média diminuir. Em janeiro e fevereiro, acontece o inverso", resumiu.

Agora, em março, a taxa de juros caiu, "em movimento esperado", conforme Rocha. Pelos dados do BC, a taxa média de juros no crédito livre cedeu 0,8% em março ante fevereiro, acumulando recuo de 10,7% nos 12 meses encerrados em março.

"A tendência de redução dos juros, verificada em março, tem a ver com o ciclo de política monetária", disse Rocha, em referência aos cortes da Selic nos últimos meses. Atualmente, a taxa básica de juros está em 6,50% ao ano. "Esgotados os efeitos sazonais, volta a tendência de redução das taxas, tanto no mês quanto em 12 meses", acrescentou.

Pessoa física

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

A demanda por crédito pessoal, financiamento de veículos e as linhas não rotativas do cartão de crédito voltaram a crescer em março. O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que, por outro lado, operações mais caras como o cheque especial e o rotativo do cartão tiveram queda na demanda.

Dados apresentados mais cedo pelo BC mostram que o total de crédito para a compra de veículos cresceu 1,2%, o parcelado do cartão teve expansão de 2,7% e o crédito pessoal registrou expansão de 0,9%. Por outro lado, operações mais caras, como o cheque especial tiveram queda de 3,5% e o estoque do rotativo do cartão diminuiu em 3,8%.

Cheque especial

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou também durante apresentação das Estatísticas Monetárias e de Crédito, que são esperadas redução de taxa de juros e melhores condições para clientes em função das medidas anunciadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

No início de abril, a Febraban anunciou que os bancos vão oferecer a partir de julho um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção valerá para débitos superiores a R$ 200. Se mais de 15% do limite for utilizado por mais de um mês no cheque especial, o banco irá oferecer opções de linhas de crédito para a dívida.

Rocha afirmou, porém, que o BC não tem estimativa de quanto a taxa do cheque especial vai cair na ponta final. Na época do anúncio, a Febraban também não fez nenhuma projeção sobre de quanto será a queda. Atualmente, o juro do cheque especial está em 324,7% ao ano. É uma das mais elevadas do sistema.

Esta ausência de estimativas, tanto por parte do BC quanto por parte da Febraban, contrasta com o verificado no início do ano passado, quando foram anunciadas as mudanças no rotativo do cartão de crédito. Na época, o governo e o BC citavam a expectativa de redução pela metade das taxas do rotativo. Sob efeito das mudanças, a taxa do rotativo recuou de 431,7% ao ano em março do ano passado para 243,5% ao ano em março deste ano.

Perfil de clientes

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06

De fevereiro para março deste ano, a taxa do rotativo regular do cartão de crédito subiu 4,4%. De acordo com Rocha, esta elevação deve-se a uma mudança no perfil dos clientes de um mês para outro. Segundo ele, houve demanda maior de crédito por parte de clientes com perfil mais arriscado.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.