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Economia

Temer diz que relator 'negociou e amenizou enormemente projeto inaugural'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O presidente Michel Temer disse, em discurso durante almoço com governadores e ministros na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que o relator da reforma da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), "negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural" e que com o novo texto o projeto precisa ser aprovado no Congresso.

"Nós mandamos uma reforma completa, digamos assim. Mas sabedores democraticamente de que o Congresso, que é o filtro das aspirações populares, iria naturalmente fazer uma série de propostas, como foram feitas", afirmou o presidente, conforme áudio distribuído pela assessoria de imprensa do Planalto. "O relator percorreu todas as bancadas, ouviu as observações todas, trouxe as observações todas e eu disse: pode negociar", afirmou.

Sem mencionar a flexibilização da idade mínima para mulheres, que ficou em 62 anos contra 65 dos homens, o presidente disse que "linha mestra da reforma é exatamente a questão da idade" e que Oliveira Maia "negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural". "Houve uma adequação, um ajustamento daquele projeto original, que não é o mesmo, portanto é um outro projeto", disse. "Então não há mais razão pra que se diga que não se deve aprovar a reforma da Previdência", completou.

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Temer disse ainda que é preciso combater "as inverdades que se dizem em relação à Previdência". "Daí porque é muito importante que os senhores reproduzam também manifestações perante os seus liderados", apelou aos governadores.

Apesar do pedido, em outro trecho de sua fala, Temer rechaçou que a reunião era para pedir apoio e disse que ela era para explicar a necessidade da reforma. "E como disse muito bem o Rodrigo (Maia), não é para pedir o apoio de ninguém. É para explicar um pouco como caminhou a reforma da Previdência até agora", afirmou. "Nós precisamos fazer isso porque é importante para o Brasil. Nós temos exemplos concretos, palpáveis, objetivos, dimensionáveis, como é o caso de alguns Estados que estão com grandes dificuldades em função do problema previdenciário", completou.

Temer, que reuniu 13 governadores e três vices no encontro, disse ainda que eles podem juntos fazer a reconstrução do País, "independentemente de posições político-partidárias". "O que é preciso é a compreensão de que nós temos um problema sério no País e devemos solucioná-lo. Se não solucionarmos agora, vamos ter de fazê-lo muito mais vigorosamente e talvez com maiores sacrifícios daqui a dois, três, no máximo quatro anos", disse. "Então o momento é de fazer essas reformas", ressaltou.

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