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Economia

Contexto não indica parada da alta de juro, diz Torós

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São Paulo - O sócio da Ibiúna Investimentos e ex-diretor de política monetária do Banco Central, Mário Torós, ponderou que o contexto doméstico não recomenda que o Banco Central interrompa o ciclo de alta de juros, devido às pressões inflacionárias. Mas, de outro lado, a conjuntura internacional, com queda da volatilidade e a volta da apreciação de moedas emergentes, permitiria ao BC interromper o ciclo de alta mesmo com a deterioração inflacionária.

Ele pondera que o contexto doméstico "não recomenda" e "não indica uma eventual parada da alta de juros", diz. "Mesmo depois de subir a Selic 375 pontos-base, as expectativas de inflação só pioram, o que leva a supor que o BC está atrás da curva", diz.

"A inflação, por qualquer medida subjacente que se olhe, a conclusão é que há uma contínua deterioração dos preços e uma inflação inercializada à espera de que um novo choque a leve para outro patamar", disse durante evento do EMTA, na sede do HSBC, em São Paulo.

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De outro lado, segundo ele, houve uma razoável mudança na conjuntura internacional, com redução de volatilidade dos ativos lá fora, em meio a yields mais altos e sob a percepção de que a "tempestade perfeita" não ocorreu. O resultado é o espaço para operações de carry trade.

Além disso, nos últimos 15 dias, os bancos centrais dos países emergentes começaram a falar de forma mais "soft" em sua comunicação, disse, citando África do Sul e Turquia, e isso "eventualmente pode estar acontecendo no Brasil", completa.

"É nesse contexto que o BC está fazendo a ata. E (ele) talvez permita ao BC, de fato, parar, mesmo num contexto de aceleração inflacionária", pondera Torós. O ponto de apoio seria a valorização do real. "A apreciação das moedas, que ocorre não só no Brasil, pode ser, provavelmente, o único aliado neste momento que o BC tem para ajudar no combate à inflação."

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