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Economia

Atividade econômica ainda tende a desacelerar, diz a FGV

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Rio - A queda na confiança dos empresários do comércio no mês de abril mostra que a fase de desaceleração da atividade continua no médio prazo, avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. "A economia já não está no mesmo ritmo, por fatores internos e externos. O comércio, principalmente os setores que dependem de financiamento, passam por uma fase de desaceleração para uma taxa de equilíbrio que ainda não sabemos qual é", afirmou, acrescentando que a atividade ainda pode mostrar perdas mais intensas do que as estimadas no vigor de crescimento.

No trimestre encerrado em abril, a confiança do comércio recuou 3,1% em relação a igual período de 2013. Diante de uma série ainda curta, a FGV ainda não divulga, oficialmente, dados livres de influência sazonal. Mas, segundo o superintendente, um ajuste experimental (ainda sujeito a alterações) apontou queda de 1,8% em abril ante março.

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Segundo Campelo, apesar de uma melhora no início deste ano no índice de volume de vendas, apurado na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade deve voltar a desacelerar. "O comércio deve crescer de novo entre 4% e 5% neste ano", disse. A indicação antecipada pelos níveis de confiança é puxada principalmente pelo pessimismo em setores como atacado e automobilístico.

"Este ano reservou uma maré de azar para o setor de veículos", disse Campelo, citando a alta de juros, a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a desaceleração no consumo e a crise na Argentina, que afetou exportações. O índice de confiança entre os empresários do setor de veículos caiu 16,7% no trimestre findo em abril em relação a igual período do ano passado.

A despeito das condições econômicas menos favoráveis, os móveis e eletrodomésticos são os únicos, na parte de duráveis, a registrar confiança favorável. A alta é de 8,3% no trimestre até abril em relação a igual período de 2013. O segmento também inclui eletroeletrônicos, como os televisores. "Esse segmento deu um sinal favorável com o Minha Casa Melhor. Agora, a gente percebe que a Copa mantém o setor ainda um pouco aquecido", avaliou o superintendente.

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Tanto a percepção das empresas sobre a situação atual quanto as expectativas mostraram deterioração em abril. Além disso, fatores ligados a desaquecimento do mercado são os principais listados pelos informantes como limitações à melhora dos negócios. A demanda insuficiente foi citada por 20,4% das empresas, enquanto o custo financeiro apareceu em 11,4% das respostas.

O custo da mão de obra, considerado um fator indicativo de mercado aquecido, também atuou como limitador em 14,9% dos casos. Todos os porcentuais são os maiores para o mês de abril desde 2010, ano em que a série foi iniciada. "O empresário brasileiro está bem menos otimista do que no passado", observou Campelo.

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