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Economia

Ibovespa fecha acima de 129 mil pontos, com apetite por risco após Fed

Estadão Conteudo

audima
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O Ibovespa avançou mais de 1% e retomou o nível de 129 mil pontos, impulsionado pelo clima de apetite por risco deflagrado pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e a entrevista coletiva do seu presidente, Jerome Powell. O banco central americano manteve os juros entre 5,25% e 5,50%, conforme esperado, enquanto as declarações de Powell foram encaradas pelo mercado como menos conservadoras.

Esses fatores fortaleceram o Ibovespa, que abandonou a linha dos 128 mil pontos e subiu continuamente até os 129 mil. No fim do dia, havia avançado 1,25%, aos 129.124,83 pontos - acima dos 129 mil no fechamento pela primeira vez desde o último dia 1º.

O comunicado da decisão do Fed, divulgado às 15 horas, já melhorou o humor dos mercados, devido à informação de que a maioria dos dirigentes da instituição continua esperando queda dos juros à faixa de 4,50% a 4,75% este ano - uma redução de 0,75 ponto porcentual, em linha com o esperado pelo mercado. Depois, Powell chancelou o rali ao reafirmar que, tudo mais constante, será adequado reduzir juros este ano.

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A postura do Fed não só reforçou a expectativa por um corte dos juros nos Estados Unidos, mas também aumentou a chance de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil mantenha na decisão de hoje o "forward guidance" de continuar diminuindo a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual "nas próximas reuniões", no plural.

"O mercado pode ter se antecipado à reunião, já que existe a expectativa para saber como vai vir o forward guidance do BC, e isso aumentou a chance de continuar no plural", diz Moliterno, completando que o Ibovespa estava atrasado em relação a outros índices, o que também explica os ganhos da sessão.

Com o clima de apetite global por risco, 77 dos 87 papéis da carteira teórica do Ibovespa fecharam o dia em alta, mas Petrobras (PN +1,75%, ON +2,08%) e B3 ON (+3,57%) lideraram os ganhos. As ações da petroleira foram beneficiadas pela notícia, revelada pela Reuters, de que o Ministério da Fazenda vai insistir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aprovar o pagamento de dividendos extraordinários.

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Alexandre Siqueira, analista do Grupo Fractal, acrescenta que a queda dos juros futuros, aqui ajuda a beneficiar algumas empresas cíclicas, como Petz ON (+8,01%), Soma ON (+7,29%), Vamos ON (+7,12%) e Casas Bahia ON (+6,61%) - que ficaram, hoje, da segunda à quinta posição das maiores altas do Ibovespa, respectivamente. O maior ganho foi de Braskem PNA (+15,69%).

Na outra ponta, as maiores quedas foram de Prio ON (-3,58%), Suzano ON (-1,26%), Petroreconcavo ON (-1,15%), CSN ON (-0,70%) e Tim ON (-0,55%). O Ibovespa oscilou durante o dia entre a mínima de 127.348,62 (-0,14%) e a máxima de 129.209,98 pontos (+1,32%), com giro financeiro de R$ 22,1 bilhões.

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