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Economia

Economia do ES cresce 8,1% em 2021 e atinge níveis superiores a antes da pandemia

O índice, medido pela Findes, ficou acima do PIB do Brasil, medido pelo IBGE, que fechou o ano com alta de 4,6%. Os destaques foram os setores de serviço e indústria

Redação Folha Vitória

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Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
O setor de serviços foi o que apresentou melhor desempenho no Espírito Santo, com alta de 9,2% no ano
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Depois de um ano de 2020 marcado pelo início da pandemia da covid-19, que resultou numa queda acentuada da atividade econômica em todo o mundo, a economia do Espírito Santo se recuperou em 2021 e fechou o ano com crescimento de 8,1% em relação ao período anterior.

As informações são do Indicador de Atividade Econômica (IAE) divulgado, nesta segunda-feira (14), pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). O índice ficou acima do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fechou 2021 com alta de 4,6%.

O resultado, de acordo com o levantamento, deve-se principalmente ao desempenho do setor de serviços, que registrou aumento de 9,2%, e da Indústria, com alta de 6,2%. Os demais setores da economia capixaba também registraram crescimento, com exceção da agricultura, que recuou 0,8% no ano.

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“A indústria capixaba teve um importante papel na geração de riquezas no Espírito Santo em 2021. Ela é o segundo maior setor da economia estadual e corresponde por 22% do PIB do Estado. O resultado positivo que tivemos no ano passado representa todo o esforço e dedicação do segmento para superar os desafios que chegaram com o coronavírus”, frisou a presidente da Findes, Cris Samorini.

Ela lembra que 2021 foi caracterizado pela reabertura e retomada das atividades econômicas no Estado, no país e no mundo, após as restrições provocadas pelo primeiro ano de pandemia.

"A evolução da pandemia em 2021 ocorreu no início da vacinação contra a covid-19, seguido pelo aumento de casos e ocupações de leitos de UTI no Brasil e no Espírito Santo, entre meados de março e abril, mas com uma significativa mudança a partir de então. Com o avanço da imunização da população e a melhora no quadro epidemiológico, que teve início no final do segundo trimestre do ano passado, o Estado e o país passaram a flexibilizar as medidas restritivas contra a doença, viabilizando a retomada mais segura das atividades, sobretudo aquelas que requerem maior interação física, como o setor de serviços".

A gerente-executiva do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies/Findes) e economista-chefe da Findes, Marília Silva, explicou que alguns desafios econômicos se impuseram durante o ano, como o descompasso entre as cadeias globais de suprimentos, o surgimento de novas variantes (tal como a Ômicron), o aumento global dos preços (puxado pela crise mundial energética e aumento dos preços das commodities) e, em especial no contexto local, a crise hídrica e a redução do poder de compra das famílias brasileiras.

Economia capixaba ultrapassa nível pré-pandemia

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Marília Silva ressaltou também que, mesmo que a base de comparação tenha sido deprimida, uma vez que a economia capixaba recuou 4,5% em 2020, muitas atividades conseguiram reverter o quadro de perdas em 2021 e, ao final do ano, posicionaram-se acima do nível pré-pandemia (quarto trimestre de 2019). 

Dessa forma, a atividade econômica do Espírito Santo, no quarto trimestre de 2021, ficou 5,4% acima do registrado dois anos antes. Na mesma base comparativa, o crescimento registrado no país foi de apenas 0,5%.

Foto: Gabriela Molina / Folha Vitória
Em 2020, o fechamento de atividades provocou uma queda acentuada na economia capixaba

Os setores que se destacaram, nesse contexto, foram o da Indústria de transformação (16,3%), construção (12,6%) e comércio (18,6%), que superaram o nível do quarto trimestre de 2019.

“Especificamente sobre a Indústria de transformação, todas as atividades pesquisadas registraram avanços em 2021, motivadas pela retomada de demanda interna e externa ao estado. O destaque ficou por conta das atividades de celulose e papel e de fabricação de produtos alimentícios que, além de crescerem 13,9% e 5,6%, respectivamente, em 2021, também cresceram em 2020 (21,5% e 2,8%, nesta ordem), ano em que a maioria das atividades econômicas apresentou resultado negativo”, explicou a economista-chefe da Findes.

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Por sua vez, as duas atividades que compõem o setor da indústria extrativa capixaba apresentaram queda, sendo a mais expressiva do setor de petróleo e gás (-19,3%), que acumula seis anos consecutivos de retração. A pelotização e outras atividades contraíram 10,7% e totalizaram o terceiro recuo anual. 

Crescimento trimestral

No último trimestre de 2021, a atividade econômica do Espírito Santo ficou relativamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2021, com uma pequena variação de 0,2%. Os avanços nos serviços (1,5%) e na agropecuária (7,1%) contrabalancearam a queda de 4,8% na Indústria, nessa base de comparação.

Já no comparativo com o mesmo período do ano anterior, o crescimento da atividade econômica capixaba do quarto trimestre de 2021 foi maior, chegando a 4,1%. O destaque ficou para o setor de serviços, que cresceu 7,7%. Por sua vez, a Indústria e a agropecuária contraíram 4,8% e 2%, respectivamente.

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Diferentemente do segundo e do terceiro trimestre, em que a análise comparativa se dava em cima de bases contraídas, no quarto trimestre de 2021 a comparação ocorre frente a um período de recuperação, uma vez que o quarto trimestre de 2020 foi caracterizado pela retomada de muitas atividades econômicas.

Foto: Reprodução/ Findes

O Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo, desenvolvido pela Findes, é uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba. O IAE busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial do Estado.  

O indicador permite mensurar a atividade econômica capixaba trimestralmente, enquanto ainda não estão disponíveis as informações anuais do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE, que apresentam defasagem de dois anos.

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