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Economia

Empresa de investimentos corta projeção de PIB 2020 de alta de 1,8% para queda de 1,9%

A XP Investimentos estima novos limites de alta para o dólar

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Google Street View
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A XP Investimentos alterou consideravelmente sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. A estimativa passou de crescimento de 1,8% para queda de 1,9%, com os impactos negativos do Novo Coronavírus já aparecendo no dado do primeiro trimestre. 

Já o efeito máximo da doença sobre a economia, explica em nota, deve ser notado no PIB do período de abril a junho deste ano. No entanto, elevou a expectativa para o PIB do Brasil de 2021, de alta de 2,5% para 2,6%.

A XP reconhece que existe "um alto grau de incerteza" nas estimativas citadas no documento, dada a complexidade da crise atual e da incerteza com relação à efetividade das medidas anunciadas até o momento. Os analistas acreditam que, com base em experiência internacional recente, as restrições de contato social serão mantidas em abril, com possibilidade de se estenderem para maio.

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Na avaliação da consultoria, algumas medidas de estímulo econômico anunciadas até o momento pelo governo ainda parecem limitadas, podendo não surtir efeito no curto prazo. "Este é um risco considerável para nosso cenário de 2020 e 2021", afirma, completando que um segundo fator de risco são os ruídos políticos. Conforme a XP, a polarização política volta a crescer em virtude das tensões criadas pelo Planalto com governadores, o que tem impacto significativo na confiança de empresários e consumidores.

Neste cenário de enfraquecimento da atividade, acredita que a taxa Selic sofrerá mais um corte de 0,50 ponto porcentual em reunião extraordinária em abril. Também não descarta redução adicional do juro, atualmente em 3,75% ao ano, em maio. Contudo, ainda este não é o caso, cita em nota enviada a clientes e à imprensa.

Apesar de considerar o cenário de atividade econômica mais restritivo, admite ter dificuldade em ver o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 2% em 2020. Segundo a XP, "questões estruturais, tais como a baixa produtividade no Brasil, e questões conjunturais, tais como eventual recomposição de estoques no terceiro trimestre com o câmbio mais alto, tendem a limitar essa queda.".

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Diante da perspectiva de continuidade de aversão a risco mundial no primeiro semestre, a XP estima novos limites de alta para o dólar. No entanto, com uma recuperação global mais sincronizada na segunda parte do ano, o real pode se valorizar frente ao dólar com fluxos de capitais buscando maior retorno no mundo.

Conforme a XP, o Brasil pode se beneficiar de uma rápida recuperação da China e de uma queda menos abrupta do PIB americano. A projeção de crescimento do PIB chinês de 2020 saiu de 5,5% para 0,8% em decorrência da crise. Para 2021, a economia asiática deverá crescer aproximadamente 10%. Já quanto aos Estados Unidos, estima contração de 2,8% este ano, e aguarda alta de 2,2% em 2021.

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