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Economia

Ensino à distância alia flexibilidade e alta aceitação do mercado

Segundo a Associação Brasileira de Educação à Distância, o ensino superior a distância no país já chega a 26% do número total de alunos

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Quantas vezes você já se viu sem tempo para iniciar algo novo? Nesse mundo tão corrido, cresce cada vez mais o número de pessoas que optam por iniciar um curso superior à distância, tendo em vista que estar presente em uma instituição de ensino não é tarefa fácil. São pessoas que buscam se capacitar e melhorar seus posicionamentos no mercado de trabalho.

É o caso da Valeska Ferreira, aluna do curso de pedagogia de Ensino a Distância (EAD) da Faculdade Estácio de Vitória. Ela afirma que não tinha tempo de estar na faculdade presencialmente e optou pelo EAD para não adiar o sonho da graduação no ensino superior. "Hoje eu concilio meus horários. Entro à tarde no meu trabalho e faço meus estudos na parte da manhã", explica.

Foto: Breno Ribeiro
Valeska Ferreira, estudante do curso de pedagogia EAD da Estácio de Vitória

Valeska afirma que ficou um pouco receosa antes de entrar de cabeça em uma graduação à distância. "No início eu fiquei preocupada. Me questionei: 'será que o EAD tem reconhecimento no mercado?', 'Será que tem o mesmo reconhecimento de um curso presencial?'... Porém, basta uma simples pesquisa na internet que você descobre que esses dois tipos de ensino estão no mesmo nível. Além disso, após eu começar a estudar, esse preconceito deixou de existir", afirma.

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A coordenadora de EAD da Faculdade Estácio de Vitória, Vânia Nogueira, explica que o receio que Valeska teve antes de ingressar no ensino a distância é comum em vários candidatos. Segundo ela, as vantagens dessa modalidade de ensino são muitas e a aceitação do mercado é a mesma.

"Os alunos buscam o EAD primeiramente pela flexibilidade. Eles podem estudar onde e quando quiserem. O aluno é o administrador do seu tempo. Além disso, há redução de custos com alimentação e transporte, por exemplo. Muitos acham que o diploma não tem o mesmo valor de um curso presencial. Isso não existe. O mercado aceita da mesma forma, pois as estruturas curriculares são as mesmas", ressalta Vânia.

A diretora executiva da Kato Consultoria e Treinamento, Roberta Kato, afirma que o mercado já teve um momento de receio com relação a pessoas formadas em EAD, mas isso faz parte do passado, graças as metodologias adotadas pelas instituições de ensino. "Os alunos, além das aulas virtuais têm tutorias que percebem a evolução do aluno, grupos virtuais com troca de conhecimento e outros recursos que permitem o desenvolvimento do estudante", diz.

No áudio abaixo Roberta Kato mais sobre o EAD

Roberta Kato comenta sobre virada de chave no modelo de ensino à distância

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O Censo EAD.BR 2018, realizado pela Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED), mostra que no Brasil, essa modalidade de ensino não para de crescer. O número de matrículas em ensino totalmente à distância foi quase 5 vezes maior em 2018 em comparação ao ano de 2015. Atualmente, o ensino superior à distância no Brasil já chega a 26% do número total de alunos.

Veja o gráfico abaixo:

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Se engana quem pensa que cursos que demandam mais prática não entram nesse cenário. Jean Carlo Ferreira, coordenador de inovação no ensino da Faculdade UCL, explica que cursos de engenharia também estão disponíveis para ensino à distância e garante que a qualidade de aprendizado é a mesma do que em um curso presencial.

Foto: Divulgação
Jean Carlo Ferreira, coordenador de inovação no ensino da Faculdade UCL
"Nós temos um suporte de laboratório que é necessário em cursos de engenharia. Para ter acesso, o aluno precisa somente marcar na agenda dele. O segredo para se dar bem em um curso de engenharia é ter disciplina e se comprometer em ser um bom estudante, não somente um aluno. Os estudos precisam ser diários. O tempo que ele ganha não tendo deslocamento para a faculdade, por exemplo, pode ser revertido em tempo de estudo", diz Jean Carlo.

Jean Carlo Ferreira fala sobre iniciar um curso EAD

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Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Espírito Santo (ABRH-ES), Neidy Christo, o mercado de trabalho vive um momento em que as habilidades técnicas e comportamentais são extremamente importantes, independente de como elas são adquiridas. "É necessário que o profissional se atualize e busque conhecimento. Atualmente um EAD não se difere em relação a um curso superior. Tudo depende de como o aluno se empenha", conclui.

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