/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

OMC vê recessão com guerra comercial

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O Brasil se uniu a um grupo de outros 37 países para protestar nesta segunda-feira, 5, na Organização Mundial do Comércio contra os planos do governo de Donald Trump de impor novas tarifas contra a importação do aço. Diplomatas brasileiros, assim como todas as demais nações, fizeram um "pedido" para que a Casa Branca desista de sua decisão, sob o risco de fazer eclodir respostas e retaliações com "sérias consequências".

A pressão foi solenemente ignorada pelos americanos nas reuniões diplomáticas, que simplesmente não tocaram no assunto das barreiras e preferiram falar de pesca e outros temas marginais.

Num alerta atípico, a direção da OMC apontou que se o mundo optar por aplicar tarifas e retaliações, a economia global corre o risco de entrar em uma "recessão profunda". Não por acaso, os esforços nos bastidores estão sendo para tentar impedir que Trump vá adiante com o plano.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Na semana passada, Trump indicou que planeja elevar a tarifa de importação de aço e alumínio em 10% e 25%. O que ainda preocupa é que, para justificar o protecionismo, a Casa Branca alegou motivos de segurança nacional. O anúncio levou vários governos a alertar sobre uma eventual retaliação, inclusive com a decisão da Europa de aplicar respostas contra produtos de alto perfil dos EUA avaliados em 3,5 bilhões de euros.

Por enquanto, a queixa dos governos não ocorre na forma de uma disputa comercial nos tribunais da entidade. Mas governos de todo o mundo aproveitaram uma reunião em Genebra para alertar o governo americano sobre os riscos da decisão que estão prestes a tomar e fazer ameaças.

Nesta segunda-feira, 5, a União Europeia voltou a fazer a advertência. A UE não hesitou em fazer ameaças. Se tal proposta for adiante, a UE deixou claro que vai adotar medidas que "não interessaria a ninguém". Bruxelas, nos bastidores, indicou ainda que vai iniciar consultas para tentar organizar uma queixa comum entre os principais países do mundo contra os EUA.

Retaliações

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

As ameaças também vieram do Canadá, o maior parceiro comercial americano. Ottawa alertou que a decisão é "inaceitável" e que irá responder com medidas para "defender seus trabalhadores".

A China foi ainda mais explícita. "Todos sentimos o cheiro de uma guerra comercial", alertou. Pequim indicou que apenas os tribunais da OMC poderiam impedir "retaliações terríveis". O problema, segundo os chineses, é que esses tribunais estão minados por uma recusa justamente do governo americano em aceitar a nomeação de novos juízes.

Diante da paralisia dos tribunais de sua organização e do risco de uma proliferação de medidas protecionistas, o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, tomou a palavra para alertar aos governos sobre o impacto negativo que uma guerra comercial teria.

"Uma vez que entremos nesse caminho, será muito difícil reverter a direção", disse Azevedo. "Olho por olho deixará todos nós cegos e o mundo em uma profunda recessão", afirmou Azevedo.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Nos corredores da OMC, o clima é qualificado de "sombrio" diante do risco que a eclosão da crise poderia significar para um sistema baseado em regras comerciais rigorosas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.