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Economia

MDIC: Brasil tomará 'todas as ações necessárias' contra sobretaxa ao aço

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O governo brasileiro disse que recorrerá a "todas as ações necessárias" para preservar seus direitos e interesses após o presidente Donald Trump assinar decreto impondo sobretaxas na importação de aço e alumínio. "Ao mesmo tempo em que manifesta preferência pela via do diálogo e da parceria, o Brasil reafirma que recorrerá a todas as ações necessárias, nos âmbitos bilateral e multilateral, para preservar seus direitos e interesses", afirma nota assinada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Relações Exteriores.

Na nota, o governo afirma que as medidas causarão graves prejuízos às exportações brasileiras e terão "significativo" impacto negativo nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países.

O decreto foi um balde de água fria nas esperanças do governo brasileiro, que ainda tentava excluir o Brasil da lista de países atingidos pela medida. Desde o início das investigações pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, no início de 2017, o Brasil e as siderúrgicas nacionais tiveram sucessivas reuniões em que reiteraram que os produtos brasileiros não representam riscos à indústria norte-americana e são complementares à indústria daquele país, já que 80% das exportações são insumos semiacabados. Além disso, o Brasil é o maior importador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos, utilizado, justamente, para produzir o aço exportado para os norte-americanos.

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O governo brasileiro afirmou ainda que as medidas norte-americanas minarão os esforços em curso no Foro Global do Aço, do qual os EUA fazem parte, que discute soluções para o excesso de capacidade mundial no setor siderúrgico, apontado como a verdadeira raiz dos problemas enfrentados pelo setor. Na nota, ainda afirmam que as medidas restritivas às importações de aço e alumínio são incompatíveis com as obrigações dos EUA em relação à Organização Mundial de Comércio (OMC) e não se justificam pela questão de segurança nacional, como alegam os norte-americanos.

Indústria.

Para o gerente-executivo da unidade de assuntos internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, a decisão dos Estados Unidos vai flagrantemente contra as normas internacionais, já que, ao invés de abrir uma investigação sobre dumping, como seria a regra, utilizam uma legislação sobre segurança nacional.

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"É preocupante não só porque pode reduzir nossas exportações, mas porque os EUA estão adotando uma medida contrária às normas internacionais de forma intencional", afirma.

Ele defende que o governo brasileiro tem que estar preparado para negociações bilaterais e na OMC, mas também para pensar em medidas unilaterais, como retaliações.

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