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Economia

Lei da Terceirização pode criar novos postos de emprego, diz presidente da Findes

O projeto aprovado permite a terceirização também nas atividades-fim, a ampliação do período de contratação temporária além de anistia de débitos e penalidades

Redação Folha Vitória
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A votação aconteceu na última quarta-feira (22) Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
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A Câmara dos Deputados aprovou por 231 votos a 188 o projeto que regulamenta a terceirização nas empresas privadas e no serviço público. A proposta foi aprovada na noite desta quarta-feira (22), depois de tentativas frustradas da oposição de obstruir a votação.

Apresentado há 19 anos, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, o projeto também já foi aprovado pelo Senado e agora segue para tramitação do presidente da República Michel Temer.

Para o presidente da Federação das Industrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, a aprovação traz segurança jurídica para o empregador e auxilia na criação de novos postos de emprego. "Na verdade, no Brasil, grande parte das empresas já praticava a terceirização, mas de forma questionável", explicou.

Guerra ainda aponta que a maioria das empresas do país se categoriza como pequena, portanto, tem mais facilidade em prestar serviço. "Isso vai promover uma grande integração entre pequena, média e grande empresa", disse. 

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Sobre a preocupação dos trabalhadores, o presidente enfatizou a geração de novos cargos. "Para quem trabalha, toda possibilidade de geração de novos empregos é motivo para vibração". 

A proposta

Dentre outros, o projeto aprovado permite a terceirização também nas atividades-fim, a ampliação do período de contratação temporária de 90 para 180 dias, além de anistia de débitos e penalidades que não sejam compatíveis com a lei aprovada.

Presente na votação, o deputado federal Givaldo Vieira (PT) ainda tentou barrar a votação, mas ela aconteceu e ele votou contra a proposta. “Pretendem retirar os direitos dos trabalhadores. Tentam fazer a aprovação de projetos para mexer nos direitos trabalhistas. O projeto da terceirização fará com que os trabalhadores tenham a sua condição de trabalho precarizada. Fará com que as pessoas ganhem menores salários, colocará em risco os direitos trabalhistas. Me manifesto plenamente contra esse projeto”, afirmou.

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Líder da maioria na Casa, o deputado Lelo Coimbra (PMDB), votou a favor do projeto, mas por estar em uma reunião, até o fechamento dessa matéria não conseguiu se manifestar sobre o voto. Vale lembrar que a casa já tratou desse tema em 2015 e ele também se posicionou a favor. Já os outros deputados que também foram favoráveis, que são Carlos Manato (Solidariedade) e Marcus Vicente (PP), forma procurados, mas não foram encontrados.

Veja como os deputados capixabas votaram!

A ação devastadora, diz CUT

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado, Jaceir Fernandes, afirma que a aprovação do projeto é muito prejudicial a toda a classe trabalhadora. “Foi uma ação devastadora para toda a classe trabalhadora. O congresso, como já sabemos, representa os financiadores e não os trabalhadores. Isso vai ajudar também a destruir toda e qualquer carreira, seja no setor público ou no privado”, destaca Fernandes.

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