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Economia

O que se vislumbra para 2016 é menor dinamismo da economia global, diz Tombini

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 22, em Brasília, que o que se vislumbra para este ano é um menor dinamismo da economia mundial, com manutenção da incerteza e da volatilidade. O chefe da autoridade monetária disse que a comunicação mais recente do Fed (o banco central norte-americano) indica que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos deverá ser mais suave do que se esperava. Segundo ele, a previsão de que os EUA tracionaram a economia global vem sendo questionada.

Para Tombini, desde o fim de 2015, o quadro macroeconômico global tornou-se mais complexo e menos previsível, com dúvidas em relação ao ritmo da desaceleração da China. Os preços das commodities e do petróleo diminuíram e a volatilidade dos mercados aumentou. Ele destacou que os Países emergentes ressentem redução da demanda e dos preços das commodities.

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Tombini disse ainda que programas desenvolvidos pelos BCs, como o europeu, estão oferecendo abundante liquidez ao mundo. Sobre a relação mais interdependente das economias, ele disse que isso aumenta o risco de contágio.

Ajustes no Brasil

O presidente do Banco Central afirmou que o Brasil passa por ajuste fiscal, monetário e externo, mas ponderou que eles ocorrem em velocidades distintas. Segundo ele, a expectativa é de que o déficit nas contas externas feche o ano baixo dos US$ 30 bilhões. "Isso é um ajuste significativo. Houve reversão de déficit para superávit na balança comercial", afirmou a parlamentares.

Tombini relatou ainda que o saldo acumulado da balança comercial deve crescer de modo expressivo este ano, superando os US$ 30 bilhões. Como em outras ocasiões, ele afirmou que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa do País. "Nossa moeda teve significativa redução nos últimos anos. Os ganhos para a competitividade nacional (com depreciação cambial) são indiscutíveis. O custo unitário do trabalho na indústria, desde meados de 2014, caiu 40% quando medida em dólar. Os ganhos de competitividade têm estimulado exportações e a substituição de importações", disse.

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Para ele, apesar da crise política e econômica, o Brasil manteve a atratividade para investidores estrangeiros e lembrou que em 2015 o País atraiu US$ 75 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, permitindo financiamento integral do déficit em conta corrente. Segundo Tombini, o ajuste da taxa de cambio contribui para diminuir demais danos que possam ser gerados por instabilidades internacionais nos mercados domésticos. "Quando ocorrem volatilidades globais, as moedas apreciadas sofrem mais", observou.

O presidente do BC ainda argumentou que para que a taxa de câmbio possa flutuar sem causar maiores desequilíbrio, a economia doméstica tem de estar preparada. Ele lembrou que em um passado recente do País, as depreciações do real frente o dólar causaram "pesado" efeito econômico. "Atualmente, a economia não se encontra excessivamente exposta ao risco cambial", avaliou. Ele observou que a formação de reservas, o programa de swaps - que permitiu as empresas e investidores passarem com segurança período de instabilidade cambial - e por ultimo, o mudança no estrutura do balanço de pagamentos, impediram uma crise mais intensa.

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As afirmações de Tombini foram feitas em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado para tratar das diretrizes de implementação e perspectivas futuras da política monetária.

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