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Economia

Wesley Batista não poderá ter contato com irmão ou voltar a atuar na JBS

O juiz responsável pelo caso, da 6a. Vara Criminal de São Paulo, marcou uma audiência

Redação Folha Vitória
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Liberado da prisão, o empresário Wesley Batista, dono da JBS, não poderá ter qualquer contato com seu irmão e sócio, Joesley, ou voltar a atuar na JBS, conforme a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que permitiu ao bilionário deixar a carceragem da Polícia Federal em São Paulo na madrugada desta quarta, 21.

Fora da cadeia, Wesley terá de usar tornozeleira eletrônica enquanto responde ao processo. O empresário saiu da prisão, porém, sem o equipamento, que estava em falta. Foi direto para sua casa, no bairro paulistano do Jardim Europa.

Há previsão de que ele se apresente à Justiça ainda nesta tarde de quarta. O juiz responsável pelo caso, da 6a. Vara Criminal de São Paulo, marcou uma audiência.

O veto a qualquer contato com Joesley - que teve de permanecer preso na carceragem da PF - deriva de uma das medidas cautelares determinadas pela Sexta Turma do STJ em substituição à prisão preventiva de Wesley. Ela proíbe o empresário de "manter contato pessoal, telefônico ou virtual com outros réus, testemunhas ou pessoas que possam interferir na produção probatória" do processo no qual ele foi denunciado por insider trading - que é o uso de informação privilegiada para lucrar indevidamente no mercado de capitais.

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Joesley também foi denunciado nesse caso. Por essa razão, os dois não poderão mais ter contato. Caso precisem se falar, será necessária autorização da Justiça. Além de terem firmado a delação premiada em conjunto no ano passado, Joesley e Wesley são sócios. No papel, são os únicos donos da J&F, que controla a JBS com cerca de 40% da empresa.

Wesley, que antes de ser preso em setembro do ano passado atuava como presidente da companhia de alimentos, também está proibido de retomar atividades executivas nas companhias envolvidas no processo, segundo a decisão do STJ. A princípio, segundo uma fonte próxima, isso significa que ele não poderá retornar à JBS, que é dona das marcas Friboi e Seara, ou atuar na J&F.

Prisão

Joesley, que comandava a J&F, entregou-se à polícia no dia 10 de setembro após o ministro Edson Fachin, do STF, autorizar sua prisão temporária. Ele entendeu que o empresário omitira a atuação do ex-procurador Marcello Miller na negociação da delação e que havia indícios de que o acordo fora firmado de forma "seletiva".

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Wesley, então presidente da JBS, foi preso dias depois na Operação Acerto de Contas, que investigou atuação dos irmãos no mercado financeiro. Segundo a PF, os dois valeram-se de informação privilegiada para lucrar indevidamente, vendendo ações da JBS e comprando dólares no mercado futuro.

Desde então, os irmãos permaneceram na carceragem da PF em São Paulo. Ao longo de cinco meses, perderam muito peso e passaram a demonstrar abatimento.

Joesley também foi beneficiado pela decisão de terça do STJ. Mas, como ainda tem o pedido de prisão autorizado pelo STF, teve de permanecer no cárcere.

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