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Economia

Consumidor ainda precisa reencontrar confiança em consumir, dizem lojistas de Linhares

Segundo o presidente da Fecomércio-ES, as recentes quedas nos níveis de preços e dos juros são fatores que poderão promover um maior consumo nesse início de ano

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Na avaliação sobre compras a prazo, caiu para 45,7% o percentual daqueles que avaliam que está mais difícil conseguir um empréstimo Foto: Divulgação

Em fevereiro, a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Vitória registrou a segunda alta mensal consecutiva, com crescimento de 5,6% em relação a janeiro.

O índice vinha registrando retração desde junho de 2016 e, em janeiro de 2017, avançou em relação ao mês anterior e continuou avançando em fevereiro, registrando 57,1 pontos. Na comparação com o mês de fevereiro de 2016 o recuo ainda foi grande, de 18,8%.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, comenta que apesar das melhorias, o índice de intenção de consumo (que varia de 0 a 200 pontos, no qual 0 significa insatisfação total e 200 significa satisfação total em consumir), ainda se encontra bem abaixo do nível de satisfação.

“Isso significa dizer que as melhorias ainda não se traduzem em retomada”, destaca o presidente.

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Todos os subíndices apresentaram variações positivas em fevereiro, exceto o que avalia o Emprego Atual, que apesar de ter apresentado queda de 1,5% em relação a janeiro, é o subíndice com maior pontuação, com 97,9 pontos.

Consumo

O Nível de Consumo Atual continuou crescendo, depois da alta de 9,1% em janeiro de 2017 em relação a dezembro de 2016, em fevereiro cresceu mais 10%. No entanto, ainda se encontra no nível de insatisfação, com 40,7 pontos. Em relação a fevereiro de 2016 o recuo deste subíndice foi de 3,6%.

Nesse contexto, caiu para 72,1% o percentual de famílias que declararam estar comprando menos que o mesmo período do ano passado. As Perspectivas de Consumo para os próximos seis meses cresceram 6,0% em relação ao mês anterior, ficando com 39 pontos. Na comparação com fevereiro de 2016 o recuo é de 15,5%.

Segundo o presidente da Fecomércio-ES, as recentes quedas nos níveis de preços e dos juros são fatores que poderão promover um maior consumo nesse início de ano. Porém, ele alerta: “considerando que as condições do mercado de trabalho ainda são desfavoráveis, o ritmo de crescimento ainda é lento”.

Renda e crédito

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A análise do componente Renda Atual mostrou um crescimento de 9,5% e obteve 70,4 pontos. Na avaliação sobre compras a prazo, caiu para 45,7% o percentual daqueles que avaliam que está mais difícil conseguir um empréstimo atualmente comparando com o ano passado.

O acesso ao crédito para as compras a prazo interfere mais na aquisição de itens de maior valor, como os bens duráveis (eletrodomésticos, TV, som, automóvel etc.). Diante da melhor avaliação do acesso ao crédito, caiu para 75,1% o percentual de entrevistados que afirmaram que, atualmente, é um mau momento para a compra de bens duráveis. O subíndice que avalia o momento para bens duráveis está em 40,7 pontos.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Linhares, Ilson Alves Pessoa, acredita que apesar da sutil melhora nos números da pesquisa, o consumidor ainda precisa reencontrar sua confiança em consumir. “O momento é de cautela, e a expectativa é que a retomada da economia aconteça sim, mas bem lentamente”, finaliza Pessoa.

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