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Economia

Produção de ovos cai 8% com falta de energia no maior produtor capixaba

Devido a estiagem que castiga todo o Estado a quase dois meses, alguns municípios produtores chegam a ficar quatro horas por dia sem energia elétrica

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Santa Maria de Jetibá é o maior produtor de ovos do Estado Foto: R7
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Além da seca que atinge o Espírito Santo, a falta de energia também ameaça a produção agrícola capixaba, como é o caso de Santa Maria de Jetibá, maior produtora de ovos do Estado, contabiliza redução de 8% na produção de ovos em janeiro, devido aos picos de energia nos sistemas de refrigeração das granjas.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Santa Maria de Jetibá, Manfredo Kruger, com a estiagem a produção de energia da região foi diretamente afetada. “Percebemos que há um racionamento de energia. Há localidades que ficam sem energia das 16h às 20h todos os dias, o que prejudica a produção, uma vez que as aves precisam de refrigeração e luz até a noite”, explica.

Além de Santa Maria, a região de Marilândia se encontra tomada pelas consequências da seca e os picos de energia são cada vez mais comuns. “Para quem tem propriedades distantes do leito do rio a energia é bem precária e essa situação não é só por falta de água, mas consequência da falta de investimentos”, declarou o presidente do SR de Marilândia, Acácio Franco.

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Segundo o presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim, Wesley Mendes, o município já enfrentava a estiagem há mais de um mês quando foi decretado o estado de emergência e calamidade. “Estamos sofrendo com a seca há mais de 60 dias. Com o longo período de estiagem outros problemas vão aparecendo, como os picos de energia, que aumentam quando usamos as bombas na irrigação, por exemplo”, conta.

Prejuízos

Um levantamento feito pelo  Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) retrata que as condições do município de Cachoeiro estão realmente críticas. Na fruticultura, por exemplo, esperava-se que 450 mil caixas fossem produzidas em 2015.

Neste setor houve perda de 30% equivalente a mais de R$ 3 milhões. No café, o esperado era 120 mil sacas, a perda foi de 40% que representa mais de 17 milhões de reais. Na olericultura a situação se fez ainda pior. A perda chegou a 90%. A produção esperada para este ano era de mais de 245 mil caixas e o prejuízo ultrapassa R$ 5 milhões. No total, somando ainda a pecuária do leite e da carne, além das culturas alimentares como o milho, por exemplo, a perda é de quase R$ 34 milhões.

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